segunda-feira, 21 de março de 2011

Rua Carlos Carneiro de Campos

A rua Carlos Carneiro de Campos na Vila Inácio, Perus, Zona Oeste, foi oficializada pelo decreto 20.434, de 19/11/1984, e homenageia o Visconde de Caravelas, Carlos Carneiro de Campos, nascido em 01 de novembro de 1805, em Salvador (BA).
Após terminar o curso secundário, serviu como cadete no batalhão de Dom Pedro I e estudou dois anos na escola militar, dando baixa por não se adaptar aos rigores da carreira. Em 1829, foi nomeado professor catedrático do curso jurídico em São Paulo, onde permaneceu por mais de trinta anos.
Deputado províncial pela Bahia de 1838 a 1841, presidiu a Província de Minas Gerais em 1842, e entre 1857 e 1860. Como Ministro Interino de Negócios Estrangeiros, baixou vários decretos a fim de minimizar a forte crise comercial de 1864.
Nomeado visconde em 1872, morreu no Rio, a 28 de abril de 1878, aos 73 anos.

domingo, 20 de março de 2011

Bairro da Penha: Sede do Governo do Estado em 1924

Durante a Revolução de 1924, o presidente (governador) do Estado, Carlos de Campos, fugiu do Palácio do Governo, localizado nos Campos Elíseos, Região Central, que havia sido atacado pelos revoltosos, e se refugiou na estação de trem que hoje leva seu nome, para comandar a resistência.
   A rua Guaiaúna, onde ficava a estação de trem citada, que na época também se chamava Guayauna, foi um dos centros de ataque aos rebeldes, pelas tropas federais comandadas pelo General Eduardo Artur Sócrates.
General Eduardo Artur Sócrates
Governador Carlos de Campos
    Do Bairro da Penha partiram os aviões que bombardearam a cidade, matando principalmente civis inocentes. Ataques a alvos civis (ato condenado pelas convenções de guerra vigentes na época e que foram respeitados até na Primeira Guerra Mundial) foram ordenados pelo presidente Artur Bernardes, apesar dos apelos internacionais.
Presidente Artur da Silva Bernardes
    Os tanques de guerra de fabricação francesa, que foram repelidos por batalhões compostos por estrangeiros (italianos, alemães e húngaros) também partiram da Penha.
     A história do conflito registra o ato heróico do mestre Aquilino Vidal, humilde funcionário da ferrovia, que ao lado de alguns companheiros, evitou que um comboio carregado de explosivos destruísse o quartel general governista e matasse inocentes, desmontando os trilhos do trem. Em sua homenagem, a Câmara batizou uma rua na área com o seu nome.
Mansão Maria Carlota, Palácio Rodovalho, onde o governador se refugiou, no bairro da Penha.
Mansão Maria Carlota, na Ladeira Coronel Rodovalho, na Penha

Em 1899, São Paulo ganhava a energia elétrica

Rainha Vitória
    A procura pela energia teve inicio antes mesmo da chegada dos fios. Em 1868, o frei Germano D'Annecy já fazia experiências tentando construir lâmpadas (experiência que estava sendo tentada no mundo todo desde o inicio do Século XIX)
Campos Sales
   Em 7 de abril de 1899, a Rainha Vitória da Inglaterra concedeu a carta patente de incorporação da The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited. Em julho daquele mesmo ano, o presidente da República Campos Sales autorizou a empresa a funcionar em São Paulo.
   Em 1900 começou a funcionar o bonde elétrico da Barra Funda, Zona Oeste, até Santa Ifigênia, no Centro.
    Em 1929, um contrato entre a Light e a Prefeitura permitiu a iluminação do Centro da cidade por energia elétrica em substituição aos lampiões de gás. O último lampião de gás de São Paulo foi apagado em 1934.
    Em 1979, a Light foi comprada pelo governo. Dois anos depois, o sistema de São Paulo passou para o controle do Estado. Em abril de 1998 o comando da Eletropaulo Metropolitana foi dividido entre empresas estrangeiras e a Companhia Siderúrgica Nacional.
Frei Germano D'Annecy, o primeiro astrônomo de São Paulo
Linha de bonde do Bom Retiro, Centro, foto tirada em maio de 1900.
Edificio Alexandre MacKenzie, antiga sede da Light and Power em São Paulo

Externato Mattoso


A Móoca, na Zona Leste, foi um dos bairros mais atingidos durante a Revolução de 1924. Na época, 200 mil pessoas fugiram para cidades vizinhas. Assim como o Belenzinho, o Brás e o Hipódromo, o bairro foi atingido por tiros de canhão e bombas jogadas por aviões legalistas que combatiam as tropas revoltosas do General Isidoro Dias Lopes.
   Tradicional área de trabalhadores italianos, a Móoca foi muito castigada porque alguns imigrantes estrangeiros combateram ao lado dos rebeldes. As ruas ficaram cheias de cadáveres e os prédios, entre eles o Externato Mattoso e o Cotonifício Crespi, cravejados de balas.
   Na Rua dos Trilhos, o externato foi um dos marcos da revolução. Fundado em 1910 pelas irmãs Etelvina, Mariana e Arlinda Mattoso como uma escola para crianças, foi tomado pelos revoltosos fazendo as proprietárias fugirem para Santo Amaro.
   Com o tempo, a estação de trem local foi extinta, e o externato foi desativado na década de 70. Nos últimos anos, o prédio do número 1.269 se encontrava fechado e em péssimo estado de conservação, mal podendo lembrar que fôra a primeira escola do Bairro da Móoca. Nos vinte anos seguintes, o local foi ocupado por uma escola de inglês e depois por uma fábrica de bijuterias ficando abandonado por anos. O antigo Externato Mattoso cedeu lugar a uma pizzaria em 2005.

Rua Elias Fausto

A rua Elias Fausto é uma pequena via entre as Avenidas dos Eucaliptos e Cotovia, no Jardim Novo Mundo, em Moema, Zona Sul, oficializada pelo Decreto 2.687, de 18/09/1954, e homenageia a cidade de mesmo nome, que fica à 135 quilômetros a noroeste da Capital, na região de Campinas.
A cidade de Elias Fausto foi desmembrada da cidade de Monte Mor e emancipada em 30 de novembro de 1944, tendo como primeiro prefeito Antônio Campos Bicudo. O santo padroeiro do município é São José, cuja data é comemorada pela população em 19 de março. O município tem na agricultura a principal atividade econômica, destacando o cultivo de cana de açúcar, tomate, berinjela e pimentão. A área territorial da cidade é de 202 quilômetros quadrados.
Elias Fausto Pacheco Jordão descendente de família tradicional, nasceu em São João do Rio Claro, Interior de São Paulo, a 18 de fevereiro de 1849.
Formou-se em engenharia pela Universidade de Cornell nos Estados Unidos, e de volta ao País, auxiliou no projeto da Estrada de Ferro Sorocabana e presidiu a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, que posteriormente deu origem a cidade de Guarujá.
Um dos fundadores do Partido Republicano Paulista, morreu em Paris, França, em 26 de março de 1901, enquanto exercia seu primeiro mandato como deputado federal.

Viaduto Shuhei Uetsuka

O Viaduto Shuhei Uetsuka, na Liberdade, região Central, é uma homenagem da colônia nipo-brasileira a um dos pioneiros da imigração japonesa no país. O viaduto, oficializado pelo Decreto 10.555, de 06/07/1973, é uma sequência da rua Conselheiro Furtado, e passa por cima da Radial Leste, conectando as ruas São Paulo e Doutor Lund.
Nascido em 12 de junho de 1875, na província de Kumamoto, Japão, Uetsuka veio para o Brasil a bordo do navio 'Kasato Maru' em 18 de junho de 1908, juntamente com mais 781 companheiros, que se tornaram os primeiros colonos japoneses a desembarcarem oficialmente no Brasil.
Formado em Direito pela Faculdade Imperial de Tóquio em 1907, como funcionário da Companhia Imperial de Imigração, foi um intermediário entre fazendeiros, colonos e imigrantes, a fim de facilitar o convívio entre essas pessoas que tinham interesses e culturas tão diferentes.
Uetsuka recebeu do governo japonês várias condecorações, passando a ser conhecido como  "Pai da Imigração Japonesa no Brasil".
Conduzindo os primeiros colonos para trabalhar no interior do Estado, fixou residência na cidade de Promissão, onde morreu a 06 de julho de 1935, aos 60 anos.

Praça Clóvis Beviláqua

Localizada entre as Ruas do Carmo, Anita Garibaldi, Roberto Simonsen e a Avenida Rangel Pestana, na Sé, Zona Central, a Praça Clóvis Beviláqua foi oficializada pelo Decreto-Lei 387, de 07/01/1947, e antes era conhecida apenas como a Praca em frente ao Palácio da Justiça, ocupando toda a área em frente ao edifício até a década de 70. Seu nome é uma homenagem ao Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife e Promotor Público da Cidade de Alcântara, no Estado do Maranhão.
Nascido em Viçosa do Ceará, a 04 de outubro de 1859, Clóvis Beviláqua foi o responsável pelo projeto do Código Civil Brasileiro atualmente em vigor, redigido em 1901 e aprovado em 1916. Foi ainda consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Publicou, entre outras obras, 'Filosofia Positiva no Brasil', 'Estudos de Direito e Economia Politica' e fez parte das Associações Cientificas Internacionais. Morreu no Rio, a 26 de julho de 1944, aos 85 anos.

Praça Ministro Olavo Bilac Pinto

A praça Ministro Olavo Bilac Pinto, no Alto da Lapa, Zona Oeste foi oficializada pelo Decreto 23.912 de 25/06/1987. Delimitada pela Avenida Mercedes e a Rua Saldanha da Gama, e vizinha a Praça Oswaldo Zanini, a área homenageia um jurista e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que participou da Revolução de 30
Olavo Bilac Pinto nasceu em 08 de fevereiro de 1908 em Santa Rita do Sapucaí, (MG). Formou-se em Direito pela Faculdade de Minas Gerais em 1929, quando tornou-se Deputado Federal pela Aliança Liberal, participando da Revolução de 1930, no ano seguinte.
Em 1934, foi Deputado Constituinte, e três anos depois teve o mandato cassado pelo Golpe de Estado. Em 1950 se elegeu Deputado Federal e lider da União Democrática Nacional (UDN), da qual também foi presidente.
Embaixador do Brasil na França, foi nomeado posteriormente Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), onde se aposentou em 1978. Considerado um dos homens mais cultos de sua época, morreu em Brasília, a 18 de abril de 1985, aos 77 anos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Praça Adolpho Bloch


A Praça Adolpho Bloch fica entre as ruas Colômbia, México e Peru, no Jardim Paulista, Pinheiros, Zona Oeste. Oficializada através do Decreto 35.805, de 16/01/1996, seu nome homenageia o empresário nascido na Ucrânia em 08 de outubro de 1908. 
Em 1917, aos 9 anos, Adolpho assistiu a guerra civil após a queda do czar, e a condição dos judeus fez com que sua família se mudasse para o Brasil em 1922. Com os poucos recursos que trouxe da Rússia, seu pai Josef Bloch abriu uma pequena gráfica, onde Adolpho ajudava quando não estava estudando.
Com a morte do pai, lançou em 1952, a Revista Manchete, que se tornou uma das maiores do País, depois que Bloch inaugurou a primeira sucursal em Brasília.
Em 1983, criou a Rede Manchete de Televisão, com equipamentos sofisticados e programação que incluía novelas e noticiários. Após uma crise, a emissora foi vendida em 1992. Pouco depois, Adolpho alegou que o comprador não cumpriu alguns termos do contrato, e a emissora voltou a seu comando por meio de uma medida judicial em 1993. Continuou na presidência da Rede Manchete até sua morte, vítima de edema pulmonar na capital, a 19 de novembro de 1995, aos 87 anos. Seus filhos assumiram a emissora, que foi vendida em 1999 após uma intensa crise, tornando-se a RedeTV!

Rua Aroldo Chiorino

A rua Aroldo Chiorino, que começa na Anita Tagliaferri e termina na Professor José Ozi, no Sacomã, Ipiranga, Zona Sul, foi oficializada pelo decreto 36.037, de 29/04/1996, e faz homenagem ao jornalista Aroldo Chiorino, que nasceu em 20 de julho de 1924, e que desempenhou várias funções em jornais da Capital.
De 1973 a 1995, foi redator da Secretaria dos Esportes e Turismo do Estado de São Paulo e secretário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado.
Também foi Presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP) de 1986 a 1987, tendo trabalhado na cobertura de nove Copas do Mundo de 1950 a 1982, e de quatro Olimpíadas.
Morreu na Capital, a 02 de março de 1995, aos 71 anos, vítima de câncer.

Praça Luiz Gonzaga Nascimento Júnior

Localizada em Sapopemba, Zona Leste, e delimitada pela Rua Chiquinha Gonzaga, a Praça Luiz Gonzaga Nascimento Júnior homenageia o compositor e cantor conhecido como Gonzaguinha. O espaço foi oficializado pelo Decreto 30.005, de 09/08/1991.
Nascido no Rio a 22 de setembro de 1945, Gonzaguinha foi criado pelos padrinhos. Aos 16 anos, foi morar com o pai Luiz Gonzaga - o Gonzagão, Rei do Baião (1913-1989)- do qual até então só tinha o nome na certidão de nascimento. Fruto de uma paixão entre Gonzagão e a cantora Odaléia (morta de tuberculose), Gonzaguinha teve que conviver com a rejeição da madrasta Helena.
Formado em Ciências Econômicas, transformou as dificuldades em consciência politica e social, refletidas em suas composições desde o inicio, quando frequentava a casa do psiquiatra Aluisio Porto Carreiro, pai de Angela, sua primeira mulher e mãe de dois de seus filhos.
Terminado o casamento com Angela, outros amores surgiram. Primeiro, com a ex-Frenéticas Sandra Pêra, que lhe deu a filha Amora. Depois, a companheira de seus últimos doze anos de vida, Louise Margareth Martins, com quem Gonzaguinha teve a caçula Mariana.
Foi com a canção 'Comportamento Geral', de 1973, que Gonzaguinha deu o primeiro passo para a consagração. Polêmica, a música chamou a atenção, foi para as rádios e fez esgotar os compactos nas lojas. Também foi a primeira de muitas a ser censurada pelo regime militar. Após nove meses confinado em um quarto para curar uma tuberculose, Gonzaguinha decidiu amenizar seu comportamento. Um dos primeiros resultados da mudança foi o bolero 'Começaria Tudo Outra Vez', e mais tarde, a alegre 'O Preto Que Satisfaz'.
Nos anos 80, teve várias composições consagradas e reconciliou-se com o pai, nos palcos da turnê 'Vida do Viajante'. Morreu a 30 de abril de 1991, em um acidente de carro a caminho de Belo Horizonte, onde morou por dez anos.

Praça Yitzhak Rabin

Oficializada pelo Decreto 35.655, de 1995, e delimitada pela Rua Carlos Milan e por uma viela sem nome, a Praça Yitzhak Rabin, em Pinheiros, Zona Oeste, homenageia o Primeiro Ministro israelense assassinado em 1995.
Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém em 01 de março de 1922. De 1947 a 1949, empenhou-se na criação do Estado de Israel, que deu inicio a uma das mais importantes disputas territoriais do mundo, motivo de complexas e polêmicas negociações de paz com os palestinos e os estados árabes vizinhos. 
Em 1964, Rabin foi nomeado chefe do Estado Maior do Exército Israelense, que foi conduzido por ele a vitória em 1967, no episódio conhecido como a 'Guerra dos Seis Dias'. Foi eleito para o Parlamento Israelense pelo Partido Trabalhista em 1974, substituindo Golda Meir no cargo de Primeiro Ministro, em junho do mesmo ano, permanecendo até 1977.
Reeleito Premiê em 1992, já em meio a um processo de acordo de paz entre Israel e os palestinos. Em 1994, ganhou o Prêmio Nobel da Paz, ao lado do chanceler Shimon Peres, pela assinatura de um Acordo de Paz entre Jordânia, Israel e a Organização Para a Libertação da Palestina (OLP).
Em 04 de novembro de 1995, Yitzhak Rabin promoveu em Tel Aviv, uma grande manifestação pela paz. Na saída do comício, foi assassinado a tiros por um extremista judeu.

Rua Juvenal Lino de Matos


A Rua Juvenal Lino de Matos começa na Alfredo Braga e termina na Jorge Rubens Neiva de Camargo, na Vila Campestre, Jabaquara, Zona Sul. A via foi oficializada através do Decreto 30.861, em 1991 e homenageia Juvenal Lino de Mattos, nascido a 28 de março de 1904, em Ipauçu, interior de São Paulo.
Ex-professor do ensino secundário, foi deputado estadual de 1947 a 1955. Já no começo de seu mandato ficou conhecido como "Leão da Assembléia" por contestar a tentativa de intervenção militar em São Paulo pelo General Pereira da Costa, enviado em 1948, pelo então ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra. Em 1955, foi eleito Senador, e pouco depois, Prefeito de São Paulo, acumulando ambos os cargos ao mesmo tempo, o que causou revoltas de outros políticos. Em abril de 1956, optou por permanecer no Senado e renunciou a Prefeitura.
Filho de lavradores de uma família de onze irmãos, entre eles, Dirceu Lino de Matos, professor de geografia econômica que aconselhou o General Castello Branco a explorar a Serra dos Carajás, foi Diretor da Escola Técnica de Comércio de São Paulo, além de líder da coligação de pequenos partidos, como o que o elegeu deputado, o Partido Social Progressista (PSP) até 1964.
Com o fim de seu mandato como senador em 1970, não conseguiu se reeleger e retirou-se da vida pública, voltando como colaborador durante a elaboração da Constituição de 1988, morreu na Capital, a 04 de junho de 1991, aos 88 anos.

domingo, 13 de março de 2011

Rua Luis Murat

Oficializada pelo Decreto 3.765 de 1954, a rua Luis Murat é uma homenagem  ao poeta e politico brasileiro que participou das campanhas pela abolição da escravatura e pela Proclamação da República em 1889. Localizada em Pinheiros da Zona Oeste, ela tem inicio na Rua Lisboa e termina na Horácio Lane.
Natural do Rio de Janeiro, Luis Morton Barreto Murat nasceu em Itaguaí (RJ) a 04 de maio de 1861. Jornalista, dirigia o jornal 'Combate', quando houve a Revolta da Armada entre 1893 e 1894 - a rebelião de algumas unidades da marinha contra o então presidente Floriano Peixoto. Até 1891, Floriano Peixoto era vice presidente de Deodoro da Fonseca, mas naquele ano, após nove meses de governo, Deodoro renunciou e Floriano assumiu o cargo ignorando a Constituição, que determinava a realização de novas eleições, caso a presidência ou a vice-presidência ficassem vagas antes de decorridos dois anos de mandato.
O jornal de Luis Murat publicou um artigo do ex-Ministro da Marinha, o almirante Custódio de Melo, candidato a sucessão de Floriano e foi censurado com a suspensão temporária de circulação. Floriano conseguiu derrotar a Revolta da Armada em março de 1894.
Luis Murat atuou na politica, sendo eleito deputado federal por duas vezes: em 1890, quando participou da elaboração da Constituinte de 1891, e em 1909. Também publicou livros como 'Quatro Poemas' e 'Poesias'. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, morreu no Rio de Janeiro, a 03 de julho de 1929.

Rua Doutor Franco da Rocha

Próxima a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e ao Parque Fernando Costa, a rua Doutor Franco da Rocha começa na rua Turiassu e termina na Avenida Sumaré. A rua é uma das mais famosas do bairro de Perdizes, Zona Oeste, e homenageia o doutor Francisco Franco da Rocha nascido em Amparo, interior do Estado, em 23 de agosto de 1864.
Formado em medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1890, dedicou-se a psiquiatria e em 1893 foi nomeado médico do antigo Hospital de Alienados de São Paulo.
Iniciou uma campanha visando a reforma dos serviços de tratamento de pacientes com doenças mentais e a mudança do antigo Hospital do Carmo para um local mais apropriado. Dessa campanha surgiu o Hospital do Juqueri, que chegou a ser considerado um dos melhores do gênero na América Latina.
Professor titular da Faculdade de Medicina, deixou vários trabalhos sobre sua especialidade, alguns usados por grandes autores estrangeiros nos seus trabalhos de psicopatologia.
Morreu na Capital, a 08 de novembro de 1933, aos 69 anos, vítima de enfisema pulmonar.

Rua Miragaia

A Rua Miragaia, no Butantã, Zona Sul, situada entre a Avenida Professor Francisco Morato e até o inicio da Avenida Morumbi, era anteriormente conhecida como rua 8, sendo oficializada pelo Ato 947, de 1935. Posteriormente foi prolongada, tendo adicionada a sua extensão, a então chamada rua 4, através do Decreto 2.633, de 08/07/1954, passando a homenagear Euclides Bueno Miragaia, nascido em São José dos Campos, Interior do Estado, a 21 de abril de 1911, e que entrou para a história como um dos estudantes mortos a tiros durante a manifestação contra o governo federal de 23 de maio de 1932, episódio que acabaria deflagrando no dia 09 de julho a Revolução Constitucionalista.
Esse movimento que uniu a elite e a classe média paulista contra o Governo de Getúlio Vargas, e reivindicava a imediata convocação de uma Assembléia para elaborar uma Constituição, fato que só ocorreria em 1934.
Miragaia estudou na Escola de Comércio Campos de Carvalho e trabalhou como auxiliar de cartório em São Paulo. Paralela a essa rua do Butantã, existem mais três, Camargo, Dráusio e Martins, homenagem aos estudantes mortos na noite da manifestação, cujas iniciais dos nomes deram origem a sigla MMDC, que se tornou símbolo da Revolução de 1932

Rua Doutor Alfredo Ellis

A Rua Doutor Alfredo Ellis teve sua denominação instaurada pela Resolução nº24 da Câmara Municipal, de 05/05/1893, sendo posteriormente oficializada através do Ato 972, de 24/08/1916. Localizada na Bela Vista, Região Central, a via começa na Rua Pedroso e termina na Pio XII, fazendo homenagem a Alfredo Ellis nascido na Capital, a 19 de março de 1850.
Filho do médico inglês Guilherme Ellis e de Maria do Carmo Cunha, formou-se em medicina na Universidade da Pensilvânia (EUA), iniciando em seguida, uma viagem de estudos por países da Europa, e, de volta ao país, fixou residência em São Paulo, onde exerceu a medicina por vários anos, tornando-se muito respeitado na área. Em 1882 mudou-se para Rio Claro, Interior do Estado, onde continuou exercendo a profissão.
Iniciou carreira política devido a sua luta pela extinção da escravatura, assumindo o cargo de Deputado Federal Constituinte em 1891, e em 1903 foi eleito senador, exercendo o cargo até 1908.
Autor dos livros 'Discursos Pronunciados no Senado Federal' (1910) e 'Raça de Gigantes' (editado póstumamente em 1926), morreu no Rio, a 30 de junho de 1925, aos 75 anos.

Rua Zequinha de Abreu

A Rua Zequinha de Abreu, em Perdizes, Zona Oeste, começa na rua Cardoso de Almeida e termina na Praça Wendel Wilkie. Ela fica próxima ao Estádio Paulo Machado de Carvalho e antigamente era conhecida como Rua 3, tendo o nome modificado pelo Decreto 280, de 22/03/1945, quando passou a homenagear o compositor José Gomes de Abreu, conhecido como Zequinha de Abreu, nascido a 19 de dezembro de 1880, em Santa Rita do Passa Quatro, Interior do Estado.
Desde criança mostrava inclinação para a música, organizando pequenas bandas, tendo iniciado seus estudos na arte em um colégio em Itu. Posteriormente cursou três anos na Faculdade de Medicina de São Paulo, porém, desistiu da carreira acadêmica para se dedicar a arte, retornando a Santa Rita e depois estabelecendo-se na Capital, onde se profissionalizou.
Autor de obras como 'Aurora', 'Tardes de Lindóia', 'Morrer sem ter Amado', 'Perto do Coração', 'Ultimo Beijo' e o chorinho "Tico-tico no Fubá", conviveu na boêmia, morrendo na Capital, a 22 de janeiro de 1935, vítima de um ataque cardíaco aos 55 anos.

Rua Presidente Almeida Couto

O baiano José Luiz de Almeida Couto foi homenageado em 28/04/1917, com uma rua na Móoca, Zona Leste próxima a Praça Alberto Lyon.
A Rua Presidente Almeida Couto começa na Avenida do Estado e termina na Avenida Presidente Wilson, e remete ao político nascido a 28 de outubro de 1833, na cidade de Pirajá, que ocupou cargo atualmente equivalente ao de Governador do Estado durante os últimos anos do Império.
Formado em Medicina pela Faculdade da Bahia, de onde, posteriormente foi professor, fundou a Sociedade Abolicionista 2 de Julho (1852), uma das primeiras associações de abolicionistas do Brasil. 
Ocupou os cargos de Ministro da Coroa, Intendente municipal de Salvador e deputado imperial tendo sido Presidente da Província de São Paulo de 1884 à 1885 e da Província da Bahia nos anos de 1885 e 1889. 
Nomeado Senador Estadual pela Bahia, morreu em Salvador, a 09 de outubro de 1895, aos 62 anos, durante o exercício do mandato.