domingo, 30 de junho de 2013

Dom Bernardino Rivadávia

O busto de Dom Bernardino Rivadávia foi inaugurado na Praça Buenos Aires, em Higienópolis, na Consolação, Zona Oeste, em 02 de setembro de 1945 quando se comemorou o centenário da morte do estadista argentino que declarou guerra ao Brasil quando foi presidente da República daquele país. 
Apesar de parecer estranho a idéia de homenageá-lo com uma obra em terras tupiniquins, o projeto partiu da comunidade brasileira residente em Buenos Aires. Na Argentina, os brasileiros cuidaram de tudo para a edificação da obra, convidando o escultor J.C. Oliva Navarro (1888-1951) para concebê-la e a Fundação Sarubbi y Barili para executá-la em bronze. Bernardino Rivadávia foi considerado por muitos, como o maior dos generais da independência argentina. 

Nascido em Buenos Aires, a 20 de maio de 1780, Bernardino de la Trinidad Gónzalez Rivadávia y Rodríguez de Rivadeneyra, era filho de um advogado de descendência espanhola. Aos 27 anos, iniciou na carreira militar como voluntário contra a dominação inglesa na Argentina. Após a Independência Argentina em 1810, tornou-se Ministro da Guerra, Fazenda e do Governo,  proibindo o tráfico de escravos. 
Em 1826 foi eleito Primeiro Presidente da Argentina, quando declarou guerra ao Brasil pela posse do território da província Cisplatina no conflito que ficou conhecido como 'A Guerra da Cisplatina', ao fim do qual, a província foi denominada território independente de ambos os países, passando a se chamar Uruguai. 
Após assinar o tratado de paz que encerrou a guerra, renunciou a presidência, e abandonou a vida pública, sendo forçado ao exílio na Europa por opositores políticos em 1829. Tentou voltar ao país, sendo novamente exilado na Espanha, onde morreu na cidade de Cadiz, em setembro de 1845, aos 65 anos.

sábado, 29 de junho de 2013

Estação Domingos de Morais

A Estação Domingos de Moraes, também se referida como 'Estação Domingos de Morais', localizada na Rua João Tibiriçá, na Lapa, Zona Oeste, faz parte da Linha 8 - Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga a Estação Júlio Prestes, no Centro, ao municipio de Itapevi, Grande São Paulo.
Inaugurada como um ramal da Estrada de Ferro Sorocabana em 1920, com o nome de 'Posto Telegráfico Km. 9.221', serviu inicialmente, em parte, para conectar o Interior do Estado ao bairro da Lapa, onde no ano anterior, havia sido instalado o Frigorífico Armour, que foi um dos maiores produtores de derivados de carne do País, na primeira metade do Século XX. A linha foi utilizada para transporte e escoamento da produção da indústria pelas duas décadas seguintes.
Em 1921, teve o nome modificado para 'Posto Telegráfico Domingos de Moraes', em homenagem ao político e engenheiro paulista, morto alguns anos antes. O antigo prédio foi demolido em 1926, e o posto foi reconstruído e elevado à condição de Estação Ferroviária em 1931, passando a ser administrada pela extinta Companhia Ferrovia Paulista SA (FEPASA). A atual estação foi construída em janeiro de 1979, e inaugurada durante as comemorações do 425º aniversário da cidade.

Domingos Correia de Moraes, nasceu em Tietê, Interior do Estado, a 12 de maio de 1851, como descendente de família tradicional. 
Formado em engenharia civil pela Universidade de Cornell (EUA) em 1877, de volta ao País, trabalhou como engenheiro ferroviário. Foi Presidente da Companhia de Bondes de São Paulo, vereador, deputado estadual, senador pelo extinto Partido Republicano Paulista (PRP) e vice-presidente da Província de São Paulo, ocupando o cargo de Presidente Interino de São Paulo, entre fevereiro e julho de 1902, quando o titular, Francisco de Paula Rodrigues Alves, renunciou para assumir a Presidência da República. 
Casado com a filha de Vicente de Souza Queirós, o Barão de Limeira (1813-1872), após o término do mandato, retirou-se da vida pública. Morreu na Capital, a 15 de dezembro de 1917, aos 60 anos.