domingo, 30 de junho de 2013

Dom Bernardino Rivadávia

O busto de Dom Bernardino Rivadávia foi inaugurado na Praça Buenos Aires, em Higienópolis, na Consolação, Zona Oeste, em 02 de setembro de 1945 quando se comemorou o centenário da morte do estadista argentino que declarou guerra ao Brasil quando foi presidente da República daquele país. 
Apesar de parecer estranho a idéia de homenageá-lo com uma obra em terras tupiniquins, o projeto partiu da comunidade brasileira residente em Buenos Aires. Na Argentina, os brasileiros cuidaram de tudo para a edificação da obra, convidando o escultor J.C. Oliva Navarro (1888-1951) para concebê-la e a Fundação Sarubbi y Barili para executá-la em bronze. Bernardino Rivadávia foi considerado por muitos, como o maior dos generais da independência argentina. 

Nascido em Buenos Aires, a 20 de maio de 1780, Bernardino de la Trinidad Gónzalez Rivadávia y Rodríguez de Rivadeneyra, era filho de um advogado de descendência espanhola. Aos 27 anos, iniciou na carreira militar como voluntário contra a dominação inglesa na Argentina. Após a Independência Argentina em 1810, tornou-se Ministro da Guerra, Fazenda e do Governo,  proibindo o tráfico de escravos. 
Em 1826 foi eleito Primeiro Presidente da Argentina, quando declarou guerra ao Brasil pela posse do território da província Cisplatina no conflito que ficou conhecido como 'A Guerra da Cisplatina', ao fim do qual, a província foi denominada território independente de ambos os países, passando a se chamar Uruguai. 
Após assinar o tratado de paz que encerrou a guerra, renunciou a presidência, e abandonou a vida pública, sendo forçado ao exílio na Europa por opositores políticos em 1829. Tentou voltar ao país, sendo novamente exilado na Espanha, onde morreu na cidade de Cadiz, em setembro de 1845, aos 65 anos.

sábado, 29 de junho de 2013

Estação Domingos de Morais

A Estação Domingos de Moraes, também se referida como 'Estação Domingos de Morais', localizada na Rua João Tibiriçá, na Lapa, Zona Oeste, faz parte da Linha 8 - Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que liga a Estação Júlio Prestes, no Centro, ao municipio de Itapevi, Grande São Paulo.
Inaugurada como um ramal da Estrada de Ferro Sorocabana em 1920, com o nome de 'Posto Telegráfico Km. 9.221', serviu inicialmente, em parte, para conectar o Interior do Estado ao bairro da Lapa, onde no ano anterior, havia sido instalado o Frigorífico Armour, que foi um dos maiores produtores de derivados de carne do País, na primeira metade do Século XX. A linha foi utilizada para transporte e escoamento da produção da indústria pelas duas décadas seguintes.
Em 1921, teve o nome modificado para 'Posto Telegráfico Domingos de Moraes', em homenagem ao político e engenheiro paulista, morto alguns anos antes. O antigo prédio foi demolido em 1926, e o posto foi reconstruído e elevado à condição de Estação Ferroviária em 1931, passando a ser administrada pela extinta Companhia Ferrovia Paulista SA (FEPASA). A atual estação foi construída em janeiro de 1979, e inaugurada durante as comemorações do 425º aniversário da cidade.

Domingos Correia de Moraes, nasceu em Tietê, Interior do Estado, a 12 de maio de 1851, como descendente de família tradicional. 
Formado em engenharia civil pela Universidade de Cornell (EUA) em 1877, de volta ao País, trabalhou como engenheiro ferroviário. Foi Presidente da Companhia de Bondes de São Paulo, vereador, deputado estadual, senador pelo extinto Partido Republicano Paulista (PRP) e vice-presidente da Província de São Paulo, ocupando o cargo de Presidente Interino de São Paulo, entre fevereiro e julho de 1902, quando o titular, Francisco de Paula Rodrigues Alves, renunciou para assumir a Presidência da República. 
Casado com a filha de Vicente de Souza Queirós, o Barão de Limeira (1813-1872), após o término do mandato, retirou-se da vida pública. Morreu na Capital, a 15 de dezembro de 1917, aos 60 anos.

sábado, 27 de abril de 2013

Rua Esperanto

A rua Esperanto, no Butantã, Zona Oeste, foi oficializada pela Lei 6.050, de 1962, e faz homenagem ao idioma criado pelo médico e lingüista polonês Ludwig Lazar Zamenhof, com a finalidade de derrubar todas as barreiras de comunicação entre as nações. 
Zamenhof
Apesar de formado em Medicina, Zamenhof tinha prática no estudo de línguas. Filho de judeus poloneses, nascido em Bialistok, a 15 de dezembro de 1859, mudou-se para Varsóvia, e passou a ler dicionários e gramáticas de vários idiomas, formando um vocabulário através da junção de prefixos, sufixos e raízes etmológicas greco latinas, romanas e germânicas. Assim, o Esperanto soa como uma mistura de alemão e espanhol com influências eslavas. A língua foi criada oficialmente em 1887, com o lançamento do livro dicionário ‘Uma Lingua Internacional’ onde Zamenhof usou o termo Esperanto, que significa ‘o que espera’. 
Adolf Hitler, o chanceler da Alemanha, qualificou-o de idioma de judeus e comunistas, por esse motivo,  milhares de esperantistas, inclusive três dos filhos de Zamenhof, foram mortos durante a ditadura nazista. Josef Stálin, Chefe de Estado da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mandou cerca de 11 mil esperantistas soviéticos para os seus campos de trabalhos forçados. No Brasil, a língua foi introduzida oficialmente em 1907, com a criação da Liga Brasileira de Esperanto. Zamenhof morreu em Varsóvia, Polônia, a 14 de abril de 1917, aos 57 anos.

Rua Francisco de Melo Palheta

A rua Francisco de Melo Palheta, em Itaquera, Zona Leste, anteriormente chamada de Rua Um, foi oficializada duas vezes, primeiramente pelo Decreto 17.849, de 10/03/1982, e depois pelo Decreto 29.574, de 04/03/1991. Ambos os decretos se referem ao mesmo logradouro, que homenageia o militar que teria nascido em Belém do Pará, no ano de 1670, e que ficou conhecido como o Introdutor do café no Brasil
Como oficial a serviço do Governo da Capitania do Grão-Pará (atualmente, Estados do Amazonas, Pará, Maranhão e alguns territórios do norte e nordeste do Brasil), foi enviado para a Guiana Francesa em 1727, com a missão de trazer secretamente as primeiras mudas da planta Coffea arabica ao país, que concretizou durante uma visita diplomática ao Governo da Guiana. Disseminada pelo Brasil nos anos seguintes, tornou-se um dos pilares da economia nacional por cerca de dois séculos. 
Suas datas exatas de nascimento e morte são desconhecidas, porém presume-se que teria morrido no sertão do Pará, entre os anos de 1741 e 1750, com cerca de setenta ou oitenta anos.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Avenida Edu Chaves

A avenida Edu Chaves, no Jaçanã, Zona Norte, faz homenagem ao piloto Eduardo Pacheco Chaves, que foi dono da extensa área, também na Zona Norte, que gerou o bairro que leva seu nome. Era amigo pessoal do inventor Alberto Santos Dumont e considerado o primeiro brasileiro à tirar brevê de piloto, em 28 de julho de 1911, na Escola de Aviação de Etamps, na França. De volta ao país, trouxe alguns aviões como o Bleriot, o Condron e o Morane, chegando a possuir 21 aparelhos. 
Filho de Elias Antônio Pacheco Chaves (1842-1903) e Anésia da Silva Prado Chaves (1850-1917), nasceu na Capital, a 18 de julho de 1887.  Cursou a Escola Politécnica de São Paulo, e foi à Bélgica, onde estudou na Universidade de Liège. Fez o primeiro vôo solo Rio-São Paulo, e realizou ainda viagens à Europa, Porto Alegre e Uruguai. 
Casado com Jeanne Pacheco Chaves, o aviador, que morou no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste durante os últimos anos de vida, teve somente uma filha e morreu a 21 de julho de 1975, aos 88 anos, vítima de uma trombose.

Rua Dom Bernardo Rodrigues

A rua Dom Bernardo Rodrigues, em São Mateus, Zona Leste, faz homenagem ao Primeiro Bispo de São Paulo, Dom Bernardo Rodrigues Nogueira, nascido na freguesia portuguesa de Santa Marinha, em Seia, Portugal, a 06 de abril de 1695. 
Formado em filosofia pela Universidade de Coimbra, foi ordenado sacerdote em 1722. Professor de direito Canônico e Bispo de Funchal, foi nomeado Primeiro Bispo de São Paulo com a fundação da Diocese em 1745, pelo Papa Bento XIV
Morreu na Capital a 07 de novembro de 1748, aos 53 anos.

Rua Dom Manuel de Andrade

A rua Dom Manuel de Andrade, no Ipiranga, Zona Sul, faz homenagem a Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade, sacerdote nascido na Ilha da Madeira, Portugal, a 14 de março de 1767. 
Membro de uma família formada por vários religiosos, estudou na Universidade de Coimbra, vindo para São Paulo em 1796, como auxiliar do seu tio, o bispo Dom Mateus de Abreu Pereira
Nomeado sexto Bispo de São Paulo, por Dom Pedro I, em 1826, foi empossado no ano seguinte, pelo Papa Leão XII
Deputado pela Assembléia Constituinte, foi Presidente da Província de São Paulo (Cargo equivalente ao de Governador), por três vezes, entre 1828 e 1831, morreu na Capital, a 26 de maio de 1847, aos 72 anos.

Rua Dom Lino

A rua Dom Lino, na Luz, Zona Central, é uma viela que liga as ruas Possidônio Inácio e São Lázaro. Oficializada pelo Ato 972, de 1916, faz homenagem a Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, sacerdote católico cearence, que foi o Nono Bispo da Diocese de São Paulo.
Nascido na cidade de São Bernardo das Russas, a 23 de setembro de 1826, foi ordenado em 1850, tendo ocupado o posto de pároco em sua cidade natal, além de ter sido secretário da Diocese do Ceará e deputado provincial em 1856.
Nomeado Nono Bispo de São Paulo em 1871, ao final de seu mandato, teve de lidar com o período de mudanças resultantes da Proclamação da República em 1889. 
Fundador da Paróquia de Aparecida, no Interior do Estado, estava em uma visita a mesma quando morreu, a 19 de agosto de 1894, aos 67 anos.

Rua Dom Mateus

A Rua Dom Mateus, no Ipiranga, Zona Sul, foi entregue para utilização pública após a urbanização dos terrenos dos irmãos Guinle na Vila Monumento e foi oficializada através do Ato 2.113, de 17/07/1923, fazendo homenagem ao religioso português Mateus de Abreu Pereira, nascido na Ilha da Madeira, a 08 de agosto de 1742. 
Formado em Direito Canônico, foi ordenado sacerdote em 1761, tendo servido na Diocese de Coimbra antes de ser nomeado Quinto Bispo de São Paulo em 1794, sendo oficializado no ano seguinte, pelo Papa Pio VI
Figura ilustre na sociedade paulista, foi nomeado membro dos Triunviratos que governaram o Estado de São Paulo entre os anos de 1808 a 1814, e foi um dos três Primeiros Governadores de São Paulo nomeados após a Independência do Brasil, ao lado de José Correia Pacheco e Silva (1778-1836) e do marechal Cândido Xavier de Almeida e Sousa (1748-1831), entre os anos de 1822 e 1823. 
Conde romano e condecorado com a Medalha da Ordem do Cruzeiro pelo Imperador Dom Pedro I, morreu na Capital, a 05 de maio de 1824, aos 82 anos.

Rua Fioravante Zampol

A Rua Fioravante Zampol, em Sapopemba, Zona Leste, faz homenagem ao político nascido na cidade de Ribeirão Pires, que integra a área industrial do Grande ABC, na Capital Paulista, a 08 de setembro de 1908, e que foi um dos responsáveis pelo progresso industrial e econômico da região. 
Formado pela Faculdade de Odontologia e Farmácia de São Paulo em 1933, iniciou carreira como sub-prefeito em sua cidade natal. Vereador pelo extinto Partido Constitucionalista em 1936, foi destituído pelo Estado Novo em 1937. Eleito vereador de Santo André pelo antigo Partido Social Progressista (PSP) em 1947, ocupou o cargo até 1952, quando se tornou Prefeito de Santo André. Renunciou em 1955, candidatando-se para deputado estadual, ficando no posto até 1959. Eleito vice prefeito de Santo André em 1964, assumiu o cargo principal com a morte do prefeito Lauro Gomes de Almeida (1895-1964), exercendo mandato até 1969. 
Reeleito vice-prefeito de Santo André, morreu no exercício do mandato, a 28 de setembro de 1977, aos 69 anos.

sábado, 23 de março de 2013

Rua Berlioz


A rua Berlioz, na Lapa, Zona Oeste, foi oficializada pelo Decreto 2.728, de 03/11/1954. Antes conhecida como Rua 21, faz homenagem ao compositor francês Hector Berlioz, nascido em La Côte Saint André, região de Isère, a 11 de dezembro de 1803. 
Representante do estilo romântico, foi regente e um dos mais influentes músicos de orquestra de sua época, inspirando Wagner, Mahler, Strauss e Liszt. Autor de cerca de cinquenta obras, entre elas a 'Symphonie Fantastique', composta em 1830 e uma das mais representativas do Romantismo Francês, excursionou intensamente por toda a Europa como regente até 1863, quando começou a ter problemas de saúde. 
Voltando de uma apresentação na Rússia, em 1868, sofreu um derrame cerebral, que o manteve incapacitado até o fim da vida. Morreu em Paris, França, a 08 de março de 1869, aos 66 anos.

Praça Vicente Matheus

A Praça Vicente Matheus, na Móoca, Zona Leste, é uma área de 4 mil metros quadrados, localizada entre o Viaduto Bresser e a Avenida Alcântara Machado, e tem 17 escudos de times de futebol de São Paulo e um busto do folclórico cartola e empresário espanhol Vicente Matheus Bathe, nascido na pequena cidade de Toro, a 28 de maio de 1908, que ficou famoso por suas gafes e seu amor pelo Sport Club Corinthians Paulista, time do qual foi presidente por mais de quinze anos.
Emigrado ao Brasil em 1914, passou a residir em São Paulo, onde trabalhou em uma pedreira, até se tornar empresário de construção civil, naturalizando-se brasileiro em 1945.
Foi presidente do Corinthians por oito mandatos, de 1959 a 1961, 1972 a 1981, e de 1987 a 1991, sendo autor de frases curiosas como ‘Quem está na chuva é para se queimar’ 'O difícil, vocês sabem, não é fácil' e, uma vez, quando foi perguntado se queria negociar o jogador Sócrates respondeu: “O Sócrates é invendável, introcável e imprestável” (no caso, querendo dizer que não emprestaria o jogador). Durante seus mandatos, o Corinthians teve sua primeira vitória, no Campeonato Paulista de 1977, contra o Ponte Preta, após 23 anos sem título, e também venceu o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1990, que fez com que o time tivesse seu nome dado à Estação Metroviária Itaquera, na Zona Leste da Capital. 
Afastado devido a idade, e como a figura mais popular do Corinthians, ajudou a eleger sua esposa Marlene Colla Matheus (1936-) como Presidente do Time, entre 1991 a 1993, quando o cargo passou a ser ocupado pelo empresário Alberto Dualib. Comandando a oposição à Dualib, junto com a esposa, morreu aos 88 anos, após quatorze dias internado no Instituto do Coração de São Paulo, na Capital, a 08 de fevereiro de 1997, vítima de insuficiência respiratória decorrente de um câncer generalizado.

Rua Professor Doutor Antônio Barros de Ulhôa Cintra

Oficializada pela Lei 14.520, de 17/10/2007, a rua Professor Doutor Antônio Barros de Ulhôa Cintra, no Morumbi, Butantã, Zona Oeste, é um logradouro residencial que anteriormente era conhecido como Rua Projetada, ela homenageia o acadêmico nascido na Capital a 13 de setembro de 1907. 
Filho de familia tradicional, formou-se na Faculdade de Medicina da USP em 1930. Criador do Serviço de Moléstias de Nutrição do Hospital das Clínicas, foi professor da Faculdade de Medicina e Reitor da USP. Secretário da Educação do Governo Abreu Sodré, foi um dos fundadores e Primeiro Presidente do Conselho da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), de 1960 a 1973. 
Fundador do Setor de Investigação Médica do Hospital das Clínicas e Patrono da Cadeira 33 da Academia Paulista de Medicina, aposentou-se em 1978. 
Morreu na Capital, a 23 de dezembro de 1998, aos 91 anos.

Mappin

Com a autorização para funcionamento concedida por decreto do então presidente da República, marechal Hermes da Fonseca, foi fundada em 29 de novembro de 1913, na Rua XV de Novembro, na Sé, Zona Central, pelos ingleses Walter John Mappin (1868-1943), John Kitching e Henry Portlock, a primeira loja de departamentos do Pais, o Mappin Stores
Mappin - XV de Novembro
Filial da Mappin Stores britânica, de propriedade dos irmãos Walter e Herbert Joseph Mappin (1872-1946), no inicio, era ponto de encontro de familias endinheiradas de São Paulo, que depois de comprar pratarias e cristais ingleses, iam para o restaurante com orquestra, ou para o salão de chá colocar a conversa em dia. Em 1919, o Mappin Stores foi transferido para a Praça do Patriarca, onde foi realizado o Primeiro Desfile de Moda de São Paulo
Mappin - Praça do Patriarca (1937)
O estabelecimento, com características de alta classe, que reunia diariamente sua seleta clientela, composta por milionários, damas e políticos da elite para o chá das cinco servido em porcelana chinesa com talheres de prata, perdeu seu prestígio com a crise que seguiu a Quebra da Bolsa de 1929, e obrigou a loja a se popularizar, tornando-se a primeira do país a apresentar preços de produtos nas vitrines. Desgostosos com a popularização, os irmãos Mappin decidiram vender sua parte da empresa para outros sócios ingleses e se retiraram para seu país de origem, pouco antes de o Mappin ser transferido para um prédio na Praça Ramos de Azevedo, próximo ao Vale do Anhangabaú, em 1939. 
Mappin - Praça Ramos
Em 1947, o advogado Alberto José Alves (1881-1953?) comprou suas primeiras ações da empresa, e em 1950, com a saída dos ingleses, tornou-se o proprietário do Mappin Stores, que ficou sob a presidência de seu filho Alberto Alves Filho (1913-1982). Durante a gestão da Família Alves, a empresa mudou de nome, para Casa Anglo Brasileira SA, porém, continuou a ser conhecida pelo nome tradicional. 
O Mappin abriu cerca de dez filiais, mantendo aproximadamente dez mil funcionários e tornando-se sinônimo de loja de departamentos no Brasil. A empresa começou a ter dificuldades financeiras na década de 90, sendo comprada pelo empresário Ricardo Mansur em 1996. Com falência decretada em 29 de julho de 1999. o edifício foi adquirido pelo Grupo Pão de Açúcar e reinaugurado com o nome de Extra Mappin, em 28 de novembro do mesmo ano até ser fechado definitivamente em 30 de setembro de 2003. Em 27 de novembro de 2004, o local tornou-se uma filial da rede de lojas de departamentos Casas Bahia, depois de ter sido comprado pela família do empresário Samuel Klein, que se mantém até hoje.

Praça Getúlio Vargas Filho

A Praça Getúlio Vargas Filho, em São Miguel Paulista, Zona Leste, foi oficializada pelo Decreto 15.635, de 17/01/1979, e faz homenagem ao engenheiro químico que foi figura ilustre na região.
Nascido em São Borja, (RS) a 24 de agosto de 1918, Getúlio Dornelles Vargas Filho era o mais novo dos cinco herdeiros do Presidente Getúlio Vargas (1882-1954) e Darcy Sarmanho Vargas (1895-1968).
Realizou seus primeiros estudos no Rio, formando-se em Química Industrial pela Universidade Johns Hopkins, em Maryland, Estados Unidos. De volta ao Brasil, prestou serviço militar no Forte de Copacabana, no Rio, depois estabelecendo-se em São Paulo, onde trabalhou na Companhia Nitro-Química, no bairro de São Miguel Paulista.
Eleito Terceiro Presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), em janeiro de 1943, ocupou o cargo por poucas semanas, morrendo na Capital, a 02 de fevereiro seguinte, aos 23 anos, vítima de poliomielite, deixando esposa e um filho.

Rua Pio XI

A rua Pio XI, na Lapa, anteriormente chamada de Rua Cole Latino, foi oficializada pela Lei 3.689, de 12/05/1948 e homenageia Ambrosio Damiano Achille Ratti, religioso italiano nascido na cidade de Desio, Milão, a 31 de maio de 1857, filho do proprietário de uma fábrica de seda, e que foi o 259º Papa da Igreja Católica e Chefe de Estado do Vaticano entre 1922 e 1939. 
Ordenado sacerdote em 1879, foi bacharel em Filosofia, Direito Canônico e Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma e professor-diretor da Biblioteca do Vaticano em 1911. Foi representante papal na Polônia em 1919, sendo expulso do país pelo Exército Comunista em 1921, quando foi nomeado arcebispo de Milão e cardeal.
Com a morte  do Papa Bento XV, vítima de pneumonia em 1922, aos 67 anos, foi eleito seu sucessor, realizando notável ação humanitária, no período que seguiu a Primeira Guerra Mundial e a crise mundial da década de 30. Durante seu Pontificado, o Vaticano se tornou um estado independente da Itália, através da assinatura do Tratado de Latrão, em 1929. Opositor ao Comunismo e ao Fascismo, condenou as Teorias Racistas de toda natureza, assim como o anti-semitismo. 
Canonizou diversos santos importantes para a Igreja Católica e oficializou por decreto, o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Santa Padroeira do Brasil, em 1930. 
Considerado um dos maiores Papas do Século XX, morreu na sede do Vaticano, a 10 de fevereiro de 1939, vítima de uma série de ataques cardíacos, aos 81 anos.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Praça Monteiro Lobato

A Praça Monteiro Lobato, no Butantã, Zona Oeste, era conhecida como praça Dois, e foi oficializada pela Lei 3.768, de 17/06/1949, como homenagem a José Renato Monteiro Lobato, um dos mais importantes escritores brasileiros, nascido em Taubaté, Interior do Estado, a 18 de abril de 1882. 
Neto de José Francisco Monteiro, Visconde de Tremembé (1830-1911), ainda jovem, mudou o nome para José Bento, quando passou a utilizar uma bengala que pertencera a seu pai, o fazendeiro José Bento Marcondes Lobato, morto em 1898.
Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1904, ingressou na Promotoria Pública, dedicando parte de seu tempo escrevendo textos e crônicas para as publicações da faculdade. Promotor em Areias e Taubaté, passou a trabalhar como tradutor para o jornal 'O Estado de S.Paulo' em 1908, que publicou seu conto ‘Urupês’ em 1914. Esse conto deu origem ao livro de mesmo nome (a primeira publicação de Lobato, com destaque para o personagem Jeca Tatu), lançada em 1918. Mais tarde escreveu vários contos, reunidos no livro ‘Cidades Mortas’.
Em 1920, fundou a editora Monteiro Lobato & Cia. que foi uma das  maiores da América Latina. A empresa faliu em 1925, sendo substituída pela Companhia Editora Nacional.
Em 1931, dedicou-se à causa da reestruturação econômica do país, defendendo a exploração do petróleo. Membro da Academia Paulista de Letras em 1936, por suas manifestações, chegou a ser preso durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas.
Autor da ilustre série de obras referentes ao 'Sítio do Picapau Amarelo' além de livros para adultos, morreu na Capital, a 04 de julho de 1948, aos 66 anos, vítima de um derrame cerebral, dois dias depois de ceder uma entrevista à Rádio Record de São Paulo, onde defendia a nacionalização do petróleo brasileiro.

Avenida Henry Ford

A Avenida Henry Ford, na Móoca, Zona Leste, anteriormente chamada de Avenida Um, foi oficializada pela Lei 4.370, de 16/04/1953, e faz homenagem ao industrial norte-americano nascido em Greenfield, Condado de Wayne, Michigan, a 30 de julho de 1863. 
Filho de um fazendeiro irlandês, mudou-se para a região industrializada de Detroit, onde estudou contabilidade, além de trabalhar como mecânico de maquinários hidráulicos, de calefação e vapor. Nomeado engenheiro chefe da empresa Edison Illuminating Company, de Thomas Edison (o inventor da lâmpada elétrica), em 1893, passou a estudar os motores a gasolina, e em 1896, começou suas experiências com protótipos de veiculos motorizados. 
Fundador da Ford Motor Company, em 1903, que se tornou uma das maiores fábricas de automóveis do mundo, em uma época, em que os automóveis eram produtos extremamente caros e inacessíveis à grande população. Em 1908, começou a produzir o 'Modelo T', considerado o primeiro automóvel produzido para a classe média. 
Foi o criador do processo de linha de produção em massa, que permitiu aumentar a quantidade de produtos e o consequente barateamento e acessibilidade ao público em geral. Em 1918, renunciou a Presidência da Companhia em favor de seu filho Edsel Ford (1893-1943), mas continuou tendo poder sobre todas as decisões da empresa. A Companhia Ford também produziu aviões, tratores e veiculos de combate durante a Segunda Guerra Mundial
Reassumiu o cargo de Presidente após a morte de Edsel, vítima de câncer em 1943, porém, na época, já idoso, havia sofrido uma série de problemas circulatórios e o corpo administrativo não o considerava mais capaz para assumir a função. Apesar disso, como ainda possuia grande poder sobre a diretoria e a empresa, foi efetivado no cargo.
Durante sua nova gestão, a Ford entrou em crise, o que levou o então presidente norte-americano Franklin Roosevelt a sugerir que a Companhia deveria ser colocada sob intervenção federal, para garantir que não iria falir e parar de fornecer insumos para o exército, que combatia os eventos da Segunda Guerra Mundial na Europa e Ásia, porém não chegou a pôr essa sugestão em prática. Doente, Ford renunciou ao posto em 1945, e se retirou para sua propriedade na cidade de Dearborn, Michigan, onde morreu a 07 de abril de 1947, vítima de uma hemorragia cerebral aos 83 anos.

Estação Guilhermina - Esperança

A Estação Guilhermina Esperança do Metrô, localizada na Rua Astorga, 800, na Penha, Zona Leste, foi inaugurada em 27 de agosto de 1988, durante o governo do Prefeito Jânio Quadros, como parte integrante da linha 3 Vermelha, também conhecida como Linha Leste-Oeste. 
Prevista para se chamar estação Rincão, em homenagem ao municipio de mesmo nome, localizado no interior do Estado, teve o nome modificado por manifestação popular, passando a ser chamada Estação Vila Guilhermina, em homenagem a um dos bairros onde a estação se localizava. Pouco tempo depois, os moradores do bairro vizinho de Vila Esperança apresentaram um abaixo assinado para uma alteração, passando a ser denominada Estação Guilhermina/Esperança em setembro do mesmo ano. 
Guilhermina era o nome da filha de Oscar Ferreira, proprietário do Sítio Nhocuné, o loteamento que originou o bairro de Vila Guilhermina, em 1937. Esperança remete à uma parente de dona Maria Carlota de Melo Franco Azevedo, proprietária do terreno onde se localizava a antiga Vila da Concórdia, que o loteou e transformou no bairro, inicialmente de população operária, de Vila Esperança em 1921.

Praça Franklin Roosevelt

A Praça Franklin Roosevelt, também conhecida apenas como Praça Roosevelt, na República, Zona Central, era uma chácara de propriedade de dona Veridiana Prado (1828-1910), mãe do Prefeito Antônio Prado, que começou a se desenvolver com a abertura de ruas em 1890, e a construção do antigo Velódromo de São Paulo (primeiro Estádio de Futebol do Brasil, inaugurado em 1892 e demolido em 1916  para a abertura da rua Nestor Pestana). 
O terreno ao lado da praça foi vendido para a Arquidiocese de São Paulo em 1909, para a construção da Igreja Nossa Senhora da Consolação, e depois, a própria praça foi pavimentada, sendo utilizada como estacionamento e ponto de feira livre nos finais de semana. 
Denominada oficialmente como Praça das Guianas, era chamada de Praça da Consolação até ter o nome mudado pela Lei 3.924, de 12/07/1950, quando passou a homenagear o 32° Presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt. Em 1967, durante o governo do Prefeito Faria Lima, a praça passou por uma reforma para se tornar um complexo arquitetônico, sendo inaugurada pelo então Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici, em 1970.
Franklin Delano Roosevelt nasceu em Hyde Park, estado de Nova York, a 30 de janeiro de 1882. Descendente de uma rica e tradicional família norte-americana, foi eleito para a Câmara de Nova York em 1911, sendo depois Sub-Secretário da Marinha Norte-Americana, de 1913 a 1920. 
Vítimado por poliomielite em 1921, durante uma viagem ao Canadá, passou a andar em uma cadeira de rodas, porém, escondeu essa condição do público durante toda a vida. 
Governador de Nova York, de 1929 a 1932, foi eleito Presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrata em 1933. Instituiu a politica do 'New Deal' (Novo Trato), uma série de medidas econômicas que restaurou seu país e encerrou a grande crise de recessão que vinha assolando os Estados Unidos desde a Quebra da Bolsa de 1929
Reeleito em 1937, quando Adolf Hitler já era chefe de Estado da Alemanha, durante seu segundo mandato iniciou-se a Segunda Guerra Mundial, porém, manteve-se longe do conflito até pouco depois de ser eleito Presidente novamente, em 1941. 
No inicio de seu terceiro mandato, os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra após o ataque japonês à base naval de Pearl Harbor, que destruiu um grande número de aviões e vasos de guerra americanos e matou cerca de 2,4 mil soldados e oficiais. Comandou seu país no decorrer da Guerra, porém, não chegou a ver a queda do último pilar nazista na Alemanha. 
Sofrendo de pressão alta, aterosclerose e problemas cardíacos, foi eleito para um quarto mandato em janeiro de 1945, governando por apenas quatro meses. Morreu em 12 de abril daquele mesmo ano, em sua casa na cidade de Warm Springs, estado de Geórgia, vítima de um súbito derrame cerebral enquanto se preparava para participar da cerimônia de fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), aos 63 anos.

Estação Engenheiro Goulart

A estação Engenheiro Goulart da CPTM, fica na Avenida Doutor Assis Ribeiro, na Penha, Zona Leste, e faz parte da Linha 12 - Safira, também conhecida como Linha Brás - Calmon Viana.
A estação começou a ser construída em 1921, como parte integrante da chamada 'linha Variante de Poá, da Companhia de Estradas de Ferro da Central do Brasil', para conectar o município de Poá, no extremo leste da Capital, ao bairro do Tatuapé. 
Inaugurada em 07 de fevereiro de 1926, a estação ficou abandonada devido a paralisação das obras por cerca de oito anos, até a abertura da linha 12, em janeiro de 1934, durante o governo do prefeito Antônio Carlos de Assumpção
A linha anteriormente seguia o caminho a partir da Estação Calmon Viana, em Poá, até a antiga estação Quinta Parada (oficialmente Estação Engenheiro Sebastião Gualberto, que ficava próxima a atual Estação Carrão do Metrô). Seu comboio era conduzido por locomotivas a vapor, que foram sendo substituídas por comboios elétricos entre os anos de 1955 e 1963. A estação passou a ser administrada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 1994.
Batizada em homenagem ao engenheiro, dramaturgo e poeta José Maria Goulart de Andrade, nascido em Maceió (AL), a 06 de abril de 1881, e formado pela Escola Politécnica do Rio em 1906. Funcionário da Prefeitura carioca, foi um ensaísta notório em sua época, sendo eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1915.
O Engenheiro Goulart morreu no Rio, a 19 de dezembro de 1936, aos 55 anos.

Rua Mergenthaler

A Rua Mergenthaler, na Vila Leopoldina, Lapa, Zona Oeste, que antes era conhecida como rua Kleberg, foi oficializada pelo Decreto 2.728, de 03/11/1954, e faz homenagem ao alemão Ottmar Mergenthaler, o inventor do linótipo
Nascido a 11 de maio de 1856, em Hachtel, cidade de Bad Mergentheim, era filho de um professor e exerceu a função de relojoeiro antes de se mudar para Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos em 1872.
Em 1876, enquanto consertava uma impressora de jornais do Tribunal de Nova York, onde as letras de chumbo eram alinhadas uma a uma para a formação das páginas, teve a idéia de criar uma impressora onde as letras eram ativadas por teclas, em um aparelho que ficou conhecido como linotipo, e que foi o responsável pela evolução da impressão gráfica mundial. 
Naturalizado norte-americano em 1878, Mergenthaler construiu uma indústria para a comercialização de sua invenção e se tornou conhecido como o 'Gutemberg moderno'. Morreu precocemente em Baltimore, a 28 de outubro de 1899, aos 45 anos, vítima de uma tuberculose pulmonar.