sábado, 27 de abril de 2013

Rua Esperanto

A rua Esperanto, no Butantã, Zona Oeste, foi oficializada pela Lei 6.050, de 1962, e faz homenagem ao idioma criado pelo médico e lingüista polonês Ludwig Lazar Zamenhof, com a finalidade de derrubar todas as barreiras de comunicação entre as nações. 
Zamenhof
Apesar de formado em Medicina, Zamenhof tinha prática no estudo de línguas. Filho de judeus poloneses, nascido em Bialistok, a 15 de dezembro de 1859, mudou-se para Varsóvia, e passou a ler dicionários e gramáticas de vários idiomas, formando um vocabulário através da junção de prefixos, sufixos e raízes etmológicas greco latinas, romanas e germânicas. Assim, o Esperanto soa como uma mistura de alemão e espanhol com influências eslavas. A língua foi criada oficialmente em 1887, com o lançamento do livro dicionário ‘Uma Lingua Internacional’ onde Zamenhof usou o termo Esperanto, que significa ‘o que espera’. 
Adolf Hitler, o chanceler da Alemanha, qualificou-o de idioma de judeus e comunistas, por esse motivo,  milhares de esperantistas, inclusive três dos filhos de Zamenhof, foram mortos durante a ditadura nazista. Josef Stálin, Chefe de Estado da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mandou cerca de 11 mil esperantistas soviéticos para os seus campos de trabalhos forçados. No Brasil, a língua foi introduzida oficialmente em 1907, com a criação da Liga Brasileira de Esperanto. Zamenhof morreu em Varsóvia, Polônia, a 14 de abril de 1917, aos 57 anos.

Rua Francisco de Melo Palheta

A rua Francisco de Melo Palheta, em Itaquera, Zona Leste, anteriormente chamada de Rua Um, foi oficializada duas vezes, primeiramente pelo Decreto 17.849, de 10/03/1982, e depois pelo Decreto 29.574, de 04/03/1991. Ambos os decretos se referem ao mesmo logradouro, que homenageia o militar que teria nascido em Belém do Pará, no ano de 1670, e que ficou conhecido como o Introdutor do café no Brasil
Como oficial a serviço do Governo da Capitania do Grão-Pará (atualmente, Estados do Amazonas, Pará, Maranhão e alguns territórios do norte e nordeste do Brasil), foi enviado para a Guiana Francesa em 1727, com a missão de trazer secretamente as primeiras mudas da planta Coffea arabica ao país, que concretizou durante uma visita diplomática ao Governo da Guiana. Disseminada pelo Brasil nos anos seguintes, tornou-se um dos pilares da economia nacional por cerca de dois séculos. 
Suas datas exatas de nascimento e morte são desconhecidas, porém presume-se que teria morrido no sertão do Pará, entre os anos de 1741 e 1750, com cerca de setenta ou oitenta anos.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Avenida Edu Chaves

A avenida Edu Chaves, no Jaçanã, Zona Norte, faz homenagem ao piloto Eduardo Pacheco Chaves, que foi dono da extensa área, também na Zona Norte, que gerou o bairro que leva seu nome. Era amigo pessoal do inventor Alberto Santos Dumont e considerado o primeiro brasileiro à tirar brevê de piloto, em 28 de julho de 1911, na Escola de Aviação de Etamps, na França. De volta ao país, trouxe alguns aviões como o Bleriot, o Condron e o Morane, chegando a possuir 21 aparelhos. 
Filho de Elias Antônio Pacheco Chaves (1842-1903) e Anésia da Silva Prado Chaves (1850-1917), nasceu na Capital, a 18 de julho de 1887.  Cursou a Escola Politécnica de São Paulo, e foi à Bélgica, onde estudou na Universidade de Liège. Fez o primeiro vôo solo Rio-São Paulo, e realizou ainda viagens à Europa, Porto Alegre e Uruguai. 
Casado com Jeanne Pacheco Chaves, o aviador, que morou no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste durante os últimos anos de vida, teve somente uma filha e morreu a 21 de julho de 1975, aos 88 anos, vítima de uma trombose.

Rua Dom Bernardo Rodrigues

A rua Dom Bernardo Rodrigues, em São Mateus, Zona Leste, faz homenagem ao Primeiro Bispo de São Paulo, Dom Bernardo Rodrigues Nogueira, nascido na freguesia portuguesa de Santa Marinha, em Seia, Portugal, a 06 de abril de 1695. 
Formado em filosofia pela Universidade de Coimbra, foi ordenado sacerdote em 1722. Professor de direito Canônico e Bispo de Funchal, foi nomeado Primeiro Bispo de São Paulo com a fundação da Diocese em 1745, pelo Papa Bento XIV
Morreu na Capital a 07 de novembro de 1748, aos 53 anos.

Rua Dom Manuel de Andrade

A rua Dom Manuel de Andrade, no Ipiranga, Zona Sul, faz homenagem a Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade, sacerdote nascido na Ilha da Madeira, Portugal, a 14 de março de 1767. 
Membro de uma família formada por vários religiosos, estudou na Universidade de Coimbra, vindo para São Paulo em 1796, como auxiliar do seu tio, o bispo Dom Mateus de Abreu Pereira
Nomeado sexto Bispo de São Paulo, por Dom Pedro I, em 1826, foi empossado no ano seguinte, pelo Papa Leão XII
Deputado pela Assembléia Constituinte, foi Presidente da Província de São Paulo (Cargo equivalente ao de Governador), por três vezes, entre 1828 e 1831, morreu na Capital, a 26 de maio de 1847, aos 72 anos.

Rua Dom Lino

A rua Dom Lino, na Luz, Zona Central, é uma viela que liga as ruas Possidônio Inácio e São Lázaro. Oficializada pelo Ato 972, de 1916, faz homenagem a Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, sacerdote católico cearence, que foi o Nono Bispo da Diocese de São Paulo.
Nascido na cidade de São Bernardo das Russas, a 23 de setembro de 1826, foi ordenado em 1850, tendo ocupado o posto de pároco em sua cidade natal, além de ter sido secretário da Diocese do Ceará e deputado provincial em 1856.
Nomeado Nono Bispo de São Paulo em 1871, ao final de seu mandato, teve de lidar com o período de mudanças resultantes da Proclamação da República em 1889. 
Fundador da Paróquia de Aparecida, no Interior do Estado, estava em uma visita a mesma quando morreu, a 19 de agosto de 1894, aos 67 anos.

Rua Dom Mateus

A Rua Dom Mateus, no Ipiranga, Zona Sul, foi entregue para utilização pública após a urbanização dos terrenos dos irmãos Guinle na Vila Monumento e foi oficializada através do Ato 2.113, de 17/07/1923, fazendo homenagem ao religioso português Mateus de Abreu Pereira, nascido na Ilha da Madeira, a 08 de agosto de 1742. 
Formado em Direito Canônico, foi ordenado sacerdote em 1761, tendo servido na Diocese de Coimbra antes de ser nomeado Quinto Bispo de São Paulo em 1794, sendo oficializado no ano seguinte, pelo Papa Pio VI
Figura ilustre na sociedade paulista, foi nomeado membro dos Triunviratos que governaram o Estado de São Paulo entre os anos de 1808 a 1814, e foi um dos três Primeiros Governadores de São Paulo nomeados após a Independência do Brasil, ao lado de José Correia Pacheco e Silva (1778-1836) e do marechal Cândido Xavier de Almeida e Sousa (1748-1831), entre os anos de 1822 e 1823. 
Conde romano e condecorado com a Medalha da Ordem do Cruzeiro pelo Imperador Dom Pedro I, morreu na Capital, a 05 de maio de 1824, aos 82 anos.

Rua Fioravante Zampol

A Rua Fioravante Zampol, em Sapopemba, Zona Leste, faz homenagem ao político nascido na cidade de Ribeirão Pires, que integra a área industrial do Grande ABC, na Capital Paulista, a 08 de setembro de 1908, e que foi um dos responsáveis pelo progresso industrial e econômico da região. 
Formado pela Faculdade de Odontologia e Farmácia de São Paulo em 1933, iniciou carreira como sub-prefeito em sua cidade natal. Vereador pelo extinto Partido Constitucionalista em 1936, foi destituído pelo Estado Novo em 1937. Eleito vereador de Santo André pelo antigo Partido Social Progressista (PSP) em 1947, ocupou o cargo até 1952, quando se tornou Prefeito de Santo André. Renunciou em 1955, candidatando-se para deputado estadual, ficando no posto até 1959. Eleito vice prefeito de Santo André em 1964, assumiu o cargo principal com a morte do prefeito Lauro Gomes de Almeida (1895-1964), exercendo mandato até 1969. 
Reeleito vice-prefeito de Santo André, morreu no exercício do mandato, a 28 de setembro de 1977, aos 69 anos.