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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Rua Engenheiro Stevenson

Fechada durante a década de 90 pelo Shopping West Plaza e convertida em estacionamento e pátio de convivência para clientes, a Rua Engenheiro Stevenson, na Barra Funda, Zona Oeste, antes denominada rua Um, conectava as Avenidas Antártica e Francisco Matarazzo, e foi concedida pela Prefeitura ao Shopping, para utilização comercial. Em 1989, a Prefeitura havia cedido à empresa, mediante o Decreto 27.841, uma permissão para que a mesma construísse seis passarelas de pedestres na localidade, que conectavam a mesma rua à outros pontos nos arredores. Oficializado pela Lei 4.194, de 15/02/1952, o logradouro que ainda conserva as placas de identificação, homenageia o engenheiro ferroviário Carlos William Stevenson, nascido em São Luís (MA), a 16 de outubro de 1869. 
Tendo realizado seus primeiros estudos em sua cidade natal, formou-se em engenharia pela Escola Politécnica do Rio em 1890, mudando-se para Campinas, no Interior do Estado, no ano seguinte, onde em 1894, construiu o (hoje desativado) Ramal Férreo Campineiro, que foi fundamental para o escoamento da produção cafeeira de parte da cidade, no início do Século XX. Trabalhou também nas antigas ferrovias Central do Brasil, e Minas-Rio, e na Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, onde se aposentou em 1926.
Professor e membro honorário da Escola Politécnica de São Paulo, tendo deixado diversas obras, morreu em Campinas, a 10 de agosto de 1946, aos 77 anos.

Rua Dona Adma Jafet

A rua Dona Adma Jafet, na Bela Vista, Zona Central, onde está localizado o Hospital Sírio Libanês, anteriormente era chamada de rua Santo Amaro, e conhecida popularmente como rua da Fonte, foi oficializada pela Lei 5.351, de 16/09/1957. e homenageia a fundadora do hospital, nascida como Adma Mokdessi, em Beirute, no Líbano, em 1886. 
Casada em 1901, com o industrial Basílio Jafet (1866-1947), veio ao Brasil no ano seguinte, passando a residir na Capital. Em 1921, criou a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês, uma entidade com a função de arrecadar fundos para erguer uma grande instituição médico-hospitalar paulista. O primeiro prédio do hospital começou a ser construído em 1931, sendo concluído em 1940, quando foi desapropriado pelo Governo e passou a ser utilizado como sede da Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo
Manifestou-se seguidamente na tentativa de recuperar o edifício, até sua morte, vítima de um ataque cardíaco, na Capital, a 08 de maio de 1956, aos 70 anos. 
Em 1959, a Escola Preparatória de Cadetes foi transferida para Campinas, no Interior do Estado e o prédio foi restituído à Sociedade Beneficente, que o reformou e inaugurou como Hospital Sírio Libanês em agosto de 1965.

Praça Padre Damião


A Praça Padre Damião, em Vila Prudente, Zona Leste, anteriormente chamada Praça Jequitaí, foi oficializada pela Lei 3.700, de 05/07/1948, e homenageia o padre Damião Kleverkamp, benfeitor da região, que nasceu na cidade de Deventer, Holanda, a 06 de agosto de 1896. 
Chegando ao Brasil em 1927, estabeleceu-se em Minas Gerais, onde construiu a Igreja Matriz da cidade de Patrocínio. Mudando-se para a Capital em 1939, foi o primeiro vigário da Paróquia de Santo Emídio, em Vila Prudente. No ano seguinte, fundou o Círculo de Trabalhadores de Vila Prudente, órgão responsável por diversas melhorias no serviço médico e social do bairro. Morreu no Rio, a 15 de abril de 1947, aos 51 anos.

Rua Mário Sette

A rua Mário Sette, na Água Branca, Barra Funda, Zona Oeste, é uma viela entre a Avenida Francisco Matarazzo e a rua Teixeira e Sousa, antes chamada de rua Cinco, oficializada pela Lei 4.194, de 15/02/1952, quando passou a homenagear o historiador e contista pernambucano Mário Rodrigues Sette, nascido em Recife, a 19 de abril de 1886. 
Sem formação acadêmica, foi professor de História do Brasil na Faculdade de Filosofia do Recife e colaborador de diversos jornais de sua cidade natal. 
Membro da Academia Pernambucana de Letras em 1922, escreveu sua obra mais conhecida, o romance regionalista 'O Vigia da Casa Grande' em 1924, que foi premiado como obra notável pela Academia Brasileira de Letras. Morreu no Recife, a 25 de março de 1950, aos 64 anos.

Alameda Gabriel Monteiro da Silva


Cidade de Gabriel Monteiro, SP
O municipalista Gabriel Monteiro da Silva, que durante muitos anos ocupou o cargo de chefe do antigo Departamento das Municipalidades do Estado (depois Secretaria dos Negócios do Interior), foi cortejado ao colocarem seu nome na antiga rua Dona Hipólita, localizada no Jardim Paulista, em Pinheiros, Zona Oeste, tendo a nova nomenclatura sido oficializada pela Lei 3.721, de 16/12/1948. 
Gabriel Monteiro também deu nome à uma cidade no Interior do Estado, que fica a 350 quilômetros a Noroeste da Capital. A única diferença em relação à alameda paulistana é que a cidade não leva o sobrenome Silva. 
Cidade de Olímpia, SP
Em 1909, a família de Pedro Massakishi Kassawara, vinda do Japão, foi morar em Olímpia, no Norte do Estado, onde trabalhou na agricultura, depois deslocando-se para o oeste, onde fundou uma grande plantação de café. Como Pedro estava muito idoso, seu filho mais velho, Antônio Kassawara Katutoki assumiu o lugar do pai. 
Com o crescimento decorrente da chegada de mais famílias, Antônio decidiu destinar dez alqueires de suas terras para loteamento de uma futura cidade. Assim, em 03 de novembro de 1938 nascia a chamada Vila de Nova Olímpia. Em 1948, por sugestão de políticos como o deputado Ulysses Guimarães (1917-92), o então distrito passou a ser chamado de Gabriel Monteiro, sendo elevada à categoria de município em 18 de fevereiro de 1959.

O advogado Gabriel Monteiro da Silva nasceu em Alfenas (MG), a 17 de setembro de 1900, como descendente de uma família de juristas. 
Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1923, foi repórter de assuntos jurídicos do antigo jornal Diário Popular e escriturário da Secretaria da Fazenda. 
Nomeado diretor do Departamento das Municipalidades em 1941, foi membro da Comissão de Disciplina e Tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 1943, e Ministro da Casa Civil do Governo Dutra, de janeiro até 03 de dezembro de 1946, quando sofreu um acidente de automóvel enquanto viajava pela Rodovia Rio-Petrópolis, morrendo dois dias depois, aos 46 anos.

Rua Cavalheiro Basílio Jafet

A Rua Cavalheiro Basílio Jafet, na Sé, Zona Central, anteriormente chamada de rua Itobi, foi oficializada pela Lei 3.736, de 03/01/1949, homenageando o industrial libanês nascido na cidade de Shweir, a 21 de setembro de 1866.
Filho de um professor ortodoxo, veio ao Brasil em 1888, estabelecendo-se como comerciante no Rio. Depois, mudou-se para a Capital, onde, em 1893, junto com seus confrades Nami (1860-1923), Benjamin (1864-1940), Mikhail (1869-1908) e João Jafet (1875-1959), fundou a loja 'Nami Jafet & Irmãos', um dos primeiros departamentos comerciais da Rua 25 de Março, no Centro da Cidade. Em 1906, construíram a Companhia Fabril de Tecelagem e Estamparia Ipiranga, indústria têxtil que trouxe grande progresso ao bairro do Ipiranga, onde se situava.
Casado com Adma Mokdessi (1886-1956), idealizadora do Hospital Sírio Libanês, morreu na Capital, a 04 de maio de 1947, aos 81 anos.

Praça General San Martín


Antes, uma área circular sem nome que era o início da rua Guadelupe, no Jardim Paulista, Pinheiros, Zona Oeste, foi doada para a Prefeitura em 1925, pela Companhia City, que estava realizando a urbanização da região, para se tornar logradouro público, recebendo o nome de Praça Guadelupe até a Lei 3.929, de 21/08/1950, oficializar o nome de Praça General San Martín, em homenagem ao centenário de morte do militar argentino José Francisco de San Martín, nascido na cidade de Yapeyú, a 25 de fevereiro de 1778.
Filho de um tenente, foi oficial do Exército espanhol contra as Invasões do imperador francês Napoleão Bonaparte na Europa, ocorridas a partir de 1799.
Em 1812, abandonou o exército e se mudou para Buenos Aires, onde se casou e começou a militar na independência do país contra a dominação espanhola.
Declarada a Independência da Argentina em 1816, passou a combater os espanhóis pelo continente sul-americano, colaborando para a Independência do Chile em 1817 e do Peru, em 1821, país do qual foi o primeiro Presidente, entre 1821 e 1822.
Após ajudar na Libertação do Equador em 1822, retirou-se da vida pública, partindo para a Bélgica e depois para a França, onde morreu, na cidade de Boulogne-sur-Mer, a 17 de agosto de 1850, aos 72 anos.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Rua Jaime Barcelos

Antes chamada de Estrada do Jacuí, a Rua Jaime Barcelos, na Vila Jacuí, São Miguel Paulista, Zona Leste, foi oficializada pelo Decreto 18.302, de 13/10/1982, e homenageia o ator de telenovelas Jaime Barcellos, nascido Jaime Jaymovitch, no Rio, a 30 de março de 1930. 
Descendente de judeus, começou carreira no teatro em 1948, depois participando de filmes como 'Presença de Anita' (1951) e 'O Comprador de Fazendas' (1951), pela Cinematográfica Maristela, e 'Uma Pulga na Balança' (1953) e 'Absolutamente Certo' (1957), pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Estreou na TV TUPI em 1954, depois passando pelas TV Excelsior e TV Globo, voltando a TUPI em 1968, onde atuou nas novelas 'Beto Rockefeller' (1968) e 'A Gordinha' (1970). 
De volta a TV Globo em 1971, participou das novelas 'Fogo Sobre Terra' (1974), 'Gabriela' (1975), 'A Moreninha' (1975), 'Anjo Mau' (1976), 'Olhai os Lírios do Campo' (1980), e da série 'Sítio do Picapau Amarelo' (1977). No teatro, atuou nas Companhias de Bibi Ferreira e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), intercalando aparições no rádio, teatro, cinema e televisão. Morreu no Rio, a 24 de dezembro de 1980, enquanto dirigia seu carro e teve uma embolia pulmonar em pleno volante, aos 50 anos.

Rua Engenheiro Prudente

A Rua Engenheiro Prudente, no Ipiranga, Zona Sul, antiga rua Dois, oficializada pelo Ato 762, de 03/01/1935, faz homenagem ao voluntário da Revolução de 1932, Prudente Meirelles de Moraes, nascido em Piracicaba, Interior do Estado, a 15 de julho de 1904, que era neto do presidente Prudente de Moraes (1841-1902) e irmão do doutor Antônio Prudente (1906-65), autoridade no tratamento de câncer no Brasil. 
Como aluno de engenharia pela Escola Politécnica de São Paulo, participou da comissão para Retificação do Rio Tietê em 1924. Depois de formado, atuou nas obras da Estrada de Ferro Sorocabana, em Avaré, no Interior Paulista, e no calçamento das ruas que formam o Triângulo Histórico (ruas Direita, XV de Novembro e São Bento) no Centro da cidade. 
Apesar de não ter lutado como soldado no campo de batalha, participou ativamente da Revolução Constitucionalista de 1932 como engenheiro bélico, ao lado dos paulistas, até sua morte, vítima de um desastre de automóvel ocorrido enquanto transitava entre São José dos Campos e Jacareí, no Interior do Estado, a 11 de setembro de 1932, aos 28 anos.

Rua Riskallah Jorge

A rua Riskallah Jorge, na República, Zona Central, era um trecho da rua Anhangabaú antes de ser oficializada pela Lei 4.186, de 14/01/1952, quando passou a homenagear o imigrante Rizkallah Jorge Tahanian, nascido em Alepo, norte da Síria, a 14 de maio de 1867. 
Filho de um artesão de metais, veio ao Brasil em 1895, estabelecendo-se na Capital, onde passou a trabalhar como operário em uma oficina de produção e venda de artefatos de metal. Em 1898, comprou a oficina, onde fundou a empresa Rizkallah Jorge e Filhos, que foi a introdutora das bóias de caixa d'água no País, passando a ser conhecida como 'A Casa da Bóia'. 
Casa da Bóia
Nos anos 20, abrigou em suas propriedades, vários imigrantes sírios e libaneses que fugiam das consequências da Primeira Guerra Mundial no Oriente, ajudando-os a se estabelecer no País, e em 1937, financiou a construção da Primeira Igreja Apostólica Armênia do Brasil, a Igreja São Jorge, na Sé, (demolida em 1943, para alargamento da avenida Senador Queirós), e a nova Igreja Apostólica Armênia São Jorge, construída em 1945.
Morreu na Capital, a 21 de junho de 1949, aos 82 anos.

Rua Doutor Adriano de Barros

A rua Doutor Adriano de Barros, na Moóca, Zona Leste, antiga rua 118, oficializada pela Lei 6.652, de 05/04/1965, faz homenagem ao médico sanitarista Adriano Júlio de Barros, nascido em Campinas, Interior do Estado, a 16 de abril de 1864. 
Formado em Medicina pela Faculdade do Rio em 1889, de volta a Campinas, passou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia da cidade, auxiliando no combate as epidemias de febre amarela que devastaram a região entre 1889 e 1897. 
Foi vereador e presidente da Câmara Municipal Campineira de 1896 a 1898, e 1899 a 1901; mudando-se para a Capital em 1902, onde passou a integrar a comissão de Emílio Ribas, então Diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo, para descobrir o transmissor da febre amarela. A comissão concluiu que a doença era transmitida pela picada do mosquito Stegomyia fasciata (hoje chamado Aedes aegypti), tendo esta descoberta ganho atenção internacional. 
Em 1912, fundou a Companhia Paulista de Louça Esmaltada, uma das primeiras empresas a comercializar utensílios de metal esmaltado no País. Ajudou no combate a Epidemia de Gripe Espanhola de 1918, que matou cerca de um terço da população da Capital na época, e foi Presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) de 1930 a 1931, apoiando as tropas paulistas e fornecendo equipamento durante a Revolução de 1932. Morreu na Capital, a 10 de dezembro de 1940, aos 76 anos.

Rua Padre Antônio Tomás

Oficializada pela Lei 4.194, de 15/02/1952, a rua Padre Antônio Tomás, na Água Branca, Barra Funda, Zona Oeste, faz homenagem a um poeta cearense, nascido em Acaraú, a 14 de setembro de 1868. 
Antônio Thomaz de Sales realizou seus primeiros estudos religiosos em Sobral, e depois, no Seminário de Fortaleza, onde se tornou sacerdote em 1891. Após fazer voto de pobreza, passou a viver em humildade, realizando missas nas paróquias pelo interior do Ceará, tendo sido vigário de sua cidade natal de 1892 a 1924. Durante suas horas vagas, se dedicava a escrever sonetos que eram divulgados por amigos em jornais da região. 
Autor de versos como 'A Morte do Jangadeiro', 'Deus Homo' e 'O Palhaço', jamais publicou livros durante a vida, apesar disso, em 1924, a notoriedade que tinha junto a seus conterrâneos lhe rendeu o título de 'Príncipe dos Poetas Cearenses', sendo eleito membro da Academia Cearense de Letras e do Instituto Histórico do Ceará em 1919. Morreu em Fortaleza, a 16 de julho de 1941, aos 73 anos.

Rua Doutor Cintra Gordinho

Oficializada pelo Decreto 2.728, de 03/11/1954, a Rua Doutor Cintra Gordinho, na Lapa, Zona Oeste, homenageia o empresário Antônio Cintra Gordinho, nascido em Limeira, Interior do Estado, em 1893. Seu pai, o Coronel Antônio Gordinho Filho, foi o criador da Companhia Elétrica Bragantina, a primeira distribuidora de eletricidade de Bragança Paulista, em 1903.
Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo; em 1915, junto com Herman Braune, fundou a empresa Gordinho, Braune e Cia de distribuição de papel, que após adquirir uma indústria de processamento própria, em 1927, localizada em Jundiaí, tornou-se a Primeira empresa a fabricar papel de celulose de eucalipto no País. Foi presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), de 1933 a 1934, e Secretário da Fazenda do Estado, em 1946.
Em 1957, criou, junto com a esposa Antonieta Chaves (1900-97), a Fundação 'Antônio-Antonieta Cintra Gordinho', uma instituição privada beneficente com a função de instruir e preparar crianças carentes. Morreu na Capital, a 17 de dezembro de 1966, aos 73 anos. 

Avenida Deputado Cantídio Sampaio

A Avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Brasilândia, Zona Norte, antes conhecida como 'Estrada da Parada', devido a uma parada de bonde que existia no local, teve sua denominação alterada pelo Decreto 18.274, de 01/10/1982, faz homenagem ao político Cantídio Nogueira Sampaio, nascido na Capital a 05 de agosto de 1913, que iniciou carreira como militar, chegando ao posto de tenente-coronel. 
Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), foi vereador em 1947, e deputado estadual em 1954. Eleito Vice-prefeito em 1957, pelo extinto Partido Social Progressista (PSP), assumiu o cargo de Prefeito Interino de São Paulo entre janeiro e fevereiro de 1958, durante a ausência do titular Adhemar de Barros
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Secretário de Educação e Secretário de Segurança Pública do Governo do Estado, foi empossado como deputado federal pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA) em 1963, ocupando o cargo até sua morte a 27 de setembro de 1982, vítima de câncer, na Capital, aos 69 anos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Avenida Mazzaropi

A avenida Mazzaropi, no Jardim Aricanduva, São Mateus, Zona Leste, relembra um dos mais populares personagens do cinema brasileiro, cujas produções chegaram a atrair mais de dois milhões de espectadores por ano.
De 1959 a 1980, Amácio Amadeu Mazzaropi produziu 32 filmes, boa parte dos quais, com forte apelo popular e conteúdo de crítica social. ‘A Tristeza do Jeca’, ‘O Corintíano’, ‘O Chofer de Praça’ e ‘O Vendedor de Lingüiça’ foram alguns de seus filmes mais conhecidos, a maioria rodados em sua fazenda em Taubaté, Vale do Paraíba, onde foram encontrados, durante a década de 90, trinta rolos de filmes, que hoje estão de posse da Cinemateca Brasileira.
Apesar de ser paulistano da Barra Funda, Zona Oeste da Capital, onde nasceu a 09 de abril de 1912, Mazzaropi, que começou carreira como artista amador e circense, antes de criar uma companhia ambulante de teatro, adorava abordar a vida simples do homem do campo, sempre retratando o preconceito de que eram vítimas. Seu primeiro trabalho foi ‘Sai da Frente’ realizado em 1952, pela extinta Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Morreu em Taubaté, a 13 de junho de 1981, aos 69 anos, vítima de câncer na medula.

Rua Deputado João Sussumu Hirata

Anteriormente um logradouro sem nome, a rua Deputado João Sussumu Hirata, em Santo Amaro, Zona Sul, foi oficializada pelo Decreto 15.656, de 29/01/1979, homenageando o político nascido em São Manoel, Interior do Estado, a 20 de novembro de 1914, como um dos oito filhos de um casal de imigrantes japoneses, trabalhadores de uma lavoura de café, e que foi o sexto Presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão, de 1973 a 1974. 
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1940, mudou-se para estudar na Universidade de Tóquio, no Japão, onde, com o início da Segunda Guerra Mundial, por ser brasileiro, foi perseguido pelo governo, passando a viver em uma colônia agrícola até poder retornar ao País em 1951. 
Em 1957 foi eleito deputado estadual pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), exercendo a função até 1962, quando foi eleito deputado federal, cargo que ocupava quando morreu, na Capital, a 08 de novembro de 1974, aos 60 anos.

Praça Antônio Prado

A Praça Antônio Prado, antes conhecida como Largo do Rosário, onde ficava a antiga Igreja do Rosário, está entre as Ruas São Bento e Líbero Badaró, na Sé, Zona Central, e foi oficializada pelo Ato 799, de 04/01/1905 e faz homenagem a Antônio da Silva Prado, político e cafeicultor, nascido em São Paulo, a 25 de fevereiro de 1840.
Descendente de família tradicional, era filho de Dona Veridiana da Silva Prado (1829-1910) e neto do Barão de Iguape. Estudou no Colégio Pedro II e diplomou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1861, passando a trabalhar como suplente de juiz de Orfãos da Capital.
Vereador em 1872 e deputado geral em 1885, foi nomeado senador em março de 1887 e depois Conselheiro do Império. Como Ministro de Negócios Estrangeiros e Agricultura, organizou a Sociedade Promotora de Imigração, responsável por trazer um grande número de imigrantes italianos à São Paulo.
Com a queda do Império se afastou da vida pública voltando pouco depois, fundando o hoje extinto Partido Democrático (PD), e sendo nomeado Primeiro Prefeito de São Paulo após o advento da República, entre 1899 a 1911, retirando-se da política após o término do mandato.
Durante seu governo, foi implantada a energia elétrica na cidade, além de terem sido construídas a Pinacoteca do Estado e a Estação da Luz. Iniciou a construção do Teatro Municipal, inaugurado por seu sucessor, o Barão de Duprat. Morreu no Rio, a 23 de abril de 1929, aos 89 anos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Rua Canuto Saraiva

Antes conhecida como rua A, a Rua Canuto Saraiva, na Moóca, Zona Leste, oficializada pelo Ato 1.392, de 29/12/1919, faz homenagem a Canuto José Saraiva, ex-presidente do Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, nascido em Areias, Leste Paulista, a 23 de setembro de 1854. 
Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1875, foi promotor público em sua cidade natal e juiz municipal em Piracicaba, de onde também foi vereador e vice-presidente da Câmara Municipal. Em 1886 foi nomeado juiz de direito em Araraquara e depois em Sorocaba, passando a exercer o cargo de Ministro do Tribunal de Justiça de São Paulo em 1892. 
Nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal a partir de 1908, morreu no Rio, a 25 de março de 1919, vítima de uma hemorragia cerebral aos 65 anos.

Rua José Carlos Rodrigues

A rua José Carlos Rodrigues, em Cachoeirinha, Zona Norte, oficializada pelo Decreto 6.286, de 18/11/1965, faz homenagem ao jornalista carioca, nascido em Cantagalo a 19 de julho de 1844. 
Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1864, durante o curso, dedicou-se ao jornalismo, fundando a 'Revista Jurídica' em 1862, e publicou a obra 'Constituição Política do Império do Brasil', uma edição detalhada da Constituição Imperial Brasileira em 1863. Enviado como correspondente do Diário Oficial em Nova York em 1868, depois passou a trabalhar para o Jornal do Comércio
Em 1880 partiu para Londres, onde exerceu a profissão de advogado, negociando o primeiro empréstimo inglês ao Brasil, em favor da Província de São Paulo em 1888. Ainda durante sua estadía, colaborou nos jornais ingleses Times e Financial News. De volta ao Brasil, comprou o Jornal do Comércio em 1890, sendo seu presidente e redator até 1915, quando se aposentou. Dedicou o restante da vida à estudos históricos e religiosos, realizando diversas publicações. Morreu em Paris, a 28 de junho de 1923, aos 79 anos.

Praça Abelardo Chacrinha Barbosa

A Praça Abelardo Chacrinha Barbosa, no Ipiranga, Zona Sul, que relembra um dos mais populares comunicadores do rádio e televisão do Brasil, foi oficializada pelo Decreto 26.354, de 06/07/1988. 
Nascido em Surubim (PE) em 30 de setembro de 1918, José Abelardo Barbosa de Medeiros cursou três anos na Faculdade de Medicina de Recife, mas abandonou o curso em 1939 para se dedicar a carreira artística. Em 1943 passou a trabalhar na Rádio Clube de Niterói, no Rio. A emissora funcionava em uma pequena chácara próxima ao Cassino de Icaraí, e o ‘Velho Guerreiro’, (como seria chamado em uma canção de Gilberto Gil), fazia lá o programa ‘o Rei Momo da Chacrinha’, que acabou gerando seu apelido. 
Autor de diversos bordões, entre eles "Quem não se comunica, se trumbica", Chacrinha ganhou fama no rádio e depois passou para a televisão, trabalhando na TV TUPI a partir de 1956, depois na TV Rio, indo para a TV Excelsior (hoje TV Globo) em 1968, mudando-se para a TV Bandeirantes em 1978, e finalmente para a TV Globo em 1982. Seu estilo se caracterizou pelas roupas espalhafatosas, o humor debochado e o hábito de premiar calouros com buzinadas e abacaxis. Morreu trabalhando no Rio, a 30 de junho de 1988, vítima de um infarto do miocárdio decorrente de câncer de pulmão causado por tabagismo, aos 70 anos.

Rua Senador Amaral Furlan

A rua Senador Amaral Furlan, em Itaquera, Zona Leste, antiga rua Xavantes, foi oficializada pelo Decreto 26.484, de 25/07/1988, e faz homenagem ao político Antônio Osvaldo do Amaral Furlan, nascido em Sertãozinho, Interior do Estado, a 14 de abril de 1924. 
Formado em Direito pela Faculdade da USP, foi eleito vereador pelo extinto Partido Social Democrático (PSD) de 1948 a 1951. Foi deputado estadual de 1951 a 1959, e deputado federal de 1959 até 1979, quando foi nomeado senador biônico (senador empossado pela Ditadura Militar).
Em 1987, tornou-se vice-presidente do extinto Partido Democrático Social (PDS), cargo que ocupava quando morreu em Sertãozinho, a 21 de julho de 1988, vítima de um ataque cardíaco, aos 64 anos.

Praça Zumbi dos Palmares

A praça Zumbi dos Palmares, na Freguesia do Ó, Zona Norte, era uma área livre que havia surgido como resultado das modificações de alinhamentos de avenidas implantadas pela Lei 8.701, de 17/04/1978, e que se manteve sem denominação até receber o nome atual, através do extinto Decreto 28.948, de 09/08/1990, alterado pelo Decreto 31.145, de 28/01/1992, quando passou a fazer homenagem ao líder escravo alagoano nascido em 1655, que foi o símbolo da resistência negra contra a escravidão e o último chefe do Quilombo dos Palmares
Criado pelo Padre Antônio Melo, aos 10 anos aprendeu o português e o latim e tornou-se coroinha. Aos 15, fugiu para Palmares e adotou o nome de ‘Zumbi’ que significa espectro, no idioma africano. Como comandante militar do Quilombo, assumindo o lugar de Ganga Zumba, liderou a resistência contra os Portugueses que durou 14 anos. 
Quando o bandeirante Domingos Jorge Velho (1641-1705) destruiu Palmares em 1694, Zumbi fugiu com outros sobreviventes e se escondeu na mata, morrendo numa emboscada, em 20 de novembro de 1695, tendo seu corpo mutilado e a cabeça exposta em praça pública em Recife.

Rua Almirante Pereira Guimarães

A Rua Almirante Pereira Guimarães, no Pacaembu, Consolação, Zona Central, oficializada pelo Decreto 280, de 1945, no terreno do antigo Asilo dos Expostos (O grande Orfanato da Santa Casa de Misericórdia, instalado em parte do terreno da chácara do padre Joaquim Floriano Wanderley, que abrigava crianças abandonadas acolhidas pela Santa Casa de São Paulo, cuja sede foi construída no Pacaembu entre 1875 e 1896. Esta sede tornou-se o Educandário Sampaio Vianna em 1935, sendo desativada em 1997, quando era administrada pela antiga Fundação de Bem Estar do Menor (FEBEM) e homenageia o médico carioca José Pereira Guimarães, nascido a 01 de outubro de 1843. 
Formado Doutor em Medicina pela Faculdade da Corte, especializando-se em cirurgia em 1871, foi professor catedrático de Anatomia em 1881, e como cirurgião da Esquadra, trabalhou em operações durante a Guerra do Paraguai, sendo chefe do Corpo de Saúde Naval, no posto de contra-almirante. 
Condecorado por bravura militar em Corrientes, Riachuelo, Uruguai e Argentina, foi presidente da Sociedade de Medicina de Lisboa e da Academia Real de Ciências. Elaborou uma mesa para intervenções cirúrgicas e deixou diversas obras, entre elas 'História de Anatomia', além de teses e artigos em publicações científicas do Brasil e do exterior. Morreu em Lisboa, a 21 de março de 1915, aos 72 anos.

Rua Luís Murat

Oficializada pelo Decreto 3.765, de 1954, a rua Luís Murat localizada em Pinheiros, na Zona Oeste, é uma homenagem ao poeta e político carioca que participou das campanhas pela abolição da escravatura e proclamação da República em 1889. 
Nascido no Rio em 04 de maio de 1861, Luís Morton Barreto Murat formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e foi eleito deputado federal em 1890, quando participou da elaboração da Constituinte de 1891. Em 1893, durante a Revolta da Armada, quando algumas unidades da Marinha se levantaram contra o Presidente Floriano Peixoto, favoreceu os rebeldes e foi exilado em Buenos Aires, sendo depois absolvido. 
Autor de diversas obras, entre elas 'Quatro Poemas' (publicada em 1885) e 'Poesias' (em 1892), foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras em 1897, e reeleito deputado federal em 1909. Morreu no Rio, a 03 de julho de 1929, aos 68 anos.

Rua Doutor Zamitti Mammana

A Rua Doutor Zamitti Mammana, em Campo Limpo, Zona Sul, antiga Rua Oito, foi oficializada pelo Decreto 14.887, de 10/01/1978 e homenageia o médico descendente de imigrantes italianos Vicente Zamitti Mammana, nascido no bairro do Bixiga, na Bela Vista, Centro da Capital, em 1904, cujo pai foi construtor de diversas casas na região. 
Formado pela Faculdade de Medicina da USP, atuou como médico-cirurgião e dirigiu os Centros de Saúde da Capital Paulista e o Departamento de Saúde do Estado de São Paulo, sendo ainda presidente da Comissão de Correção da Secretaria da Saúde do Estado. Realizava também, a pedido do pai, atendimento gratuito à pessoas carentes na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Morreu na Capital, a 15 de maio de 1976, aos 72 anos.

Rua Rodésia

Oficializada pelo Decreto 5.356, de 29/03/1962, a Rua Rodésia, em Pinheiros, Zona Oeste, é uma referência a uma ex-colônia britânica, que se tornou independente em 1980, passando a ser conhecida como Zimbabue. A colônia foi assim batizada em homenagem a Sir Cecil Rhodes, o pai do imperialismo inglês. 
A Rodésia foi o último pais do mundo a se livrar da condição de colônia, época em que era conhecida pelo regime político dominante de segregação racial.

Sir Cecil John Rhodes nasceu no Condado de Hertfordshire, Inglaterra, a 05 de julho de 1853, como filho de um pastor anglicano. Defensor da superioridade racial branca, como empresário, foi o responsável pela colonização da África do Sul, enriquecendo com a mineração de ouro e diamantes quando obteve concessão do Império Britânico para explorar a região. 
Fundador da empresa De Beers, uma das maiores companhias de diamantes do mundo, batizou suas concessões na África do Sul, ao lado do Rio Zambezi, como Zambesia, e depois, em 1895, como Rodésia, que comandou até sua morte, ocorrida na Cidade do Cabo, África do Sul, a 26 de março de 1902, vítima de um ataque cardíaco aos 48 anos.