segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Praça Monteiro Lobato

A Praça Monteiro Lobato, no Butantã, Zona Oeste, era conhecida como praça Dois, e foi oficializada pela Lei 3.768, de 17/06/1949, como homenagem a José Renato Monteiro Lobato, um dos mais importantes escritores brasileiros, nascido em Taubaté, Interior do Estado, a 18 de abril de 1882. 
Neto de José Francisco Monteiro, Visconde de Tremembé (1830-1911), ainda jovem, mudou o nome para José Bento, quando passou a utilizar uma bengala que pertencera a seu pai, o fazendeiro José Bento Marcondes Lobato, morto em 1898.
Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1904, ingressou na Promotoria Pública, dedicando parte de seu tempo escrevendo textos e crônicas para as publicações da faculdade. Promotor em Areias e Taubaté, passou a trabalhar como tradutor para o jornal 'O Estado de S.Paulo' em 1908, que publicou seu conto ‘Urupês’ em 1914. Esse conto deu origem ao livro de mesmo nome (a primeira publicação de Lobato, com destaque para o personagem Jeca Tatu), lançada em 1918. Mais tarde escreveu vários contos, reunidos no livro ‘Cidades Mortas’.
Em 1920, fundou a editora Monteiro Lobato & Cia. que foi uma das  maiores da América Latina. A empresa faliu em 1925, sendo substituída pela Companhia Editora Nacional.
Em 1931, dedicou-se à causa da reestruturação econômica do país, defendendo a exploração do petróleo. Membro da Academia Paulista de Letras em 1936, por suas manifestações, chegou a ser preso durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas.
Autor da ilustre série de obras referentes ao 'Sítio do Picapau Amarelo' além de livros para adultos, morreu na Capital, a 04 de julho de 1948, aos 66 anos, vítima de um derrame cerebral, dois dias depois de ceder uma entrevista à Rádio Record de São Paulo, onde defendia a nacionalização do petróleo brasileiro.

Avenida Henry Ford

A Avenida Henry Ford, na Móoca, Zona Leste, anteriormente chamada de Avenida Um, foi oficializada pela Lei 4.370, de 16/04/1953, e faz homenagem ao industrial norte-americano nascido em Greenfield, Condado de Wayne, Michigan, a 30 de julho de 1863. 
Filho de um fazendeiro irlandês, mudou-se para a região industrializada de Detroit, onde estudou contabilidade, além de trabalhar como mecânico de maquinários hidráulicos, de calefação e vapor. Nomeado engenheiro chefe da empresa Edison Illuminating Company, de Thomas Edison (o inventor da lâmpada elétrica), em 1893, passou a estudar os motores a gasolina, e em 1896, começou suas experiências com protótipos de veiculos motorizados. 
Fundador da Ford Motor Company, em 1903, que se tornou uma das maiores fábricas de automóveis do mundo, em uma época, em que os automóveis eram produtos extremamente caros e inacessíveis à grande população. Em 1908, começou a produzir o 'Modelo T', considerado o primeiro automóvel produzido para a classe média. 
Foi o criador do processo de linha de produção em massa, que permitiu aumentar a quantidade de produtos e o consequente barateamento e acessibilidade ao público em geral. Em 1918, renunciou a Presidência da Companhia em favor de seu filho Edsel Ford (1893-1943), mas continuou tendo poder sobre todas as decisões da empresa. A Companhia Ford também produziu aviões, tratores e veiculos de combate durante a Segunda Guerra Mundial
Reassumiu o cargo de Presidente após a morte de Edsel, vítima de câncer em 1943, porém, na época, já idoso, havia sofrido uma série de problemas circulatórios e o corpo administrativo não o considerava mais capaz para assumir a função. Apesar disso, como ainda possuia grande poder sobre a diretoria e a empresa, foi efetivado no cargo.
Durante sua nova gestão, a Ford entrou em crise, o que levou o então presidente norte-americano Franklin Roosevelt a sugerir que a Companhia deveria ser colocada sob intervenção federal, para garantir que não iria falir e parar de fornecer insumos para o exército, que combatia os eventos da Segunda Guerra Mundial na Europa e Ásia, porém não chegou a pôr essa sugestão em prática. Doente, Ford renunciou ao posto em 1945, e se retirou para sua propriedade na cidade de Dearborn, Michigan, onde morreu a 07 de abril de 1947, vítima de uma hemorragia cerebral aos 83 anos.

Estação Guilhermina - Esperança

A Estação Guilhermina Esperança do Metrô, localizada na Rua Astorga, 800, na Penha, Zona Leste, foi inaugurada em 27 de agosto de 1988, durante o governo do Prefeito Jânio Quadros, como parte integrante da linha 3 Vermelha, também conhecida como Linha Leste-Oeste. 
Prevista para se chamar estação Rincão, em homenagem ao municipio de mesmo nome, localizado no interior do Estado, teve o nome modificado por manifestação popular, passando a ser chamada Estação Vila Guilhermina, em homenagem a um dos bairros onde a estação se localizava. Pouco tempo depois, os moradores do bairro vizinho de Vila Esperança apresentaram um abaixo assinado para uma alteração, passando a ser denominada Estação Guilhermina/Esperança em setembro do mesmo ano. 
Guilhermina era o nome da filha de Oscar Ferreira, proprietário do Sítio Nhocuné, o loteamento que originou o bairro de Vila Guilhermina, em 1937. Esperança remete à uma parente de dona Maria Carlota de Melo Franco Azevedo, proprietária do terreno onde se localizava a antiga Vila da Concórdia, que o loteou e transformou no bairro, inicialmente de população operária, de Vila Esperança em 1921.

Praça Franklin Roosevelt

A Praça Franklin Roosevelt, também conhecida apenas como Praça Roosevelt, na República, Zona Central, era uma chácara de propriedade de dona Veridiana Prado (1828-1910), mãe do Prefeito Antônio Prado, que começou a se desenvolver com a abertura de ruas em 1890, e a construção do antigo Velódromo de São Paulo (primeiro Estádio de Futebol do Brasil, inaugurado em 1892 e demolido em 1916  para a abertura da rua Nestor Pestana). 
O terreno ao lado da praça foi vendido para a Arquidiocese de São Paulo em 1909, para a construção da Igreja Nossa Senhora da Consolação, e depois, a própria praça foi pavimentada, sendo utilizada como estacionamento e ponto de feira livre nos finais de semana. 
Denominada oficialmente como Praça das Guianas, era chamada de Praça da Consolação até ter o nome mudado pela Lei 3.924, de 12/07/1950, quando passou a homenagear o 32° Presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt. Em 1967, durante o governo do Prefeito Faria Lima, a praça passou por uma reforma para se tornar um complexo arquitetônico, sendo inaugurada pelo então Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici, em 1970.
Franklin Delano Roosevelt nasceu em Hyde Park, estado de Nova York, a 30 de janeiro de 1882. Descendente de uma rica e tradicional família norte-americana, foi eleito para a Câmara de Nova York em 1911, sendo depois Sub-Secretário da Marinha Norte-Americana, de 1913 a 1920. 
Vítimado por poliomielite em 1921, durante uma viagem ao Canadá, passou a andar em uma cadeira de rodas, porém, escondeu essa condição do público durante toda a vida. 
Governador de Nova York, de 1929 a 1932, foi eleito Presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrata em 1933. Instituiu a politica do 'New Deal' (Novo Trato), uma série de medidas econômicas que restaurou seu país e encerrou a grande crise de recessão que vinha assolando os Estados Unidos desde a Quebra da Bolsa de 1929
Reeleito em 1937, quando Adolf Hitler já era chefe de Estado da Alemanha, durante seu segundo mandato iniciou-se a Segunda Guerra Mundial, porém, manteve-se longe do conflito até pouco depois de ser eleito Presidente novamente, em 1941. 
No inicio de seu terceiro mandato, os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra após o ataque japonês à base naval de Pearl Harbor, que destruiu um grande número de aviões e vasos de guerra americanos e matou cerca de 2,4 mil soldados e oficiais. Comandou seu país no decorrer da Guerra, porém, não chegou a ver a queda do último pilar nazista na Alemanha. 
Sofrendo de pressão alta, aterosclerose e problemas cardíacos, foi eleito para um quarto mandato em janeiro de 1945, governando por apenas quatro meses. Morreu em 12 de abril daquele mesmo ano, em sua casa na cidade de Warm Springs, estado de Geórgia, vítima de um súbito derrame cerebral enquanto se preparava para participar da cerimônia de fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), aos 63 anos.

Estação Engenheiro Goulart

A estação Engenheiro Goulart da CPTM, fica na Avenida Doutor Assis Ribeiro, na Penha, Zona Leste, e faz parte da Linha 12 - Safira, também conhecida como Linha Brás - Calmon Viana.
A estação começou a ser construída em 1921, como parte integrante da chamada 'linha Variante de Poá, da Companhia de Estradas de Ferro da Central do Brasil', para conectar o município de Poá, no extremo leste da Capital, ao bairro do Tatuapé. 
Inaugurada em 07 de fevereiro de 1926, a estação ficou abandonada devido a paralisação das obras por cerca de oito anos, até a abertura da linha 12, em janeiro de 1934, durante o governo do prefeito Antônio Carlos de Assumpção
A linha anteriormente seguia o caminho a partir da Estação Calmon Viana, em Poá, até a antiga estação Quinta Parada (oficialmente Estação Engenheiro Sebastião Gualberto, que ficava próxima a atual Estação Carrão do Metrô). Seu comboio era conduzido por locomotivas a vapor, que foram sendo substituídas por comboios elétricos entre os anos de 1955 e 1963. A estação passou a ser administrada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 1994.
Batizada em homenagem ao engenheiro, dramaturgo e poeta José Maria Goulart de Andrade, nascido em Maceió (AL), a 06 de abril de 1881, e formado pela Escola Politécnica do Rio em 1906. Funcionário da Prefeitura carioca, foi um ensaísta notório em sua época, sendo eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1915.
O Engenheiro Goulart morreu no Rio, a 19 de dezembro de 1936, aos 55 anos.

Rua Mergenthaler

A Rua Mergenthaler, na Vila Leopoldina, Lapa, Zona Oeste, que antes era conhecida como rua Kleberg, foi oficializada pelo Decreto 2.728, de 03/11/1954, e faz homenagem ao alemão Ottmar Mergenthaler, o inventor do linótipo
Nascido a 11 de maio de 1856, em Hachtel, cidade de Bad Mergentheim, era filho de um professor e exerceu a função de relojoeiro antes de se mudar para Baltimore, no estado de Maryland, nos Estados Unidos em 1872.
Em 1876, enquanto consertava uma impressora de jornais do Tribunal de Nova York, onde as letras de chumbo eram alinhadas uma a uma para a formação das páginas, teve a idéia de criar uma impressora onde as letras eram ativadas por teclas, em um aparelho que ficou conhecido como linotipo, e que foi o responsável pela evolução da impressão gráfica mundial. 
Naturalizado norte-americano em 1878, Mergenthaler construiu uma indústria para a comercialização de sua invenção e se tornou conhecido como o 'Gutemberg moderno'. Morreu precocemente em Baltimore, a 28 de outubro de 1899, aos 45 anos, vítima de uma tuberculose pulmonar.

Rua Isabel de Castela

A rua Isabel de Castela, em Pinheiros, Zona Oeste, foi oficializada pelo Decreto 4.645, de 25/03/1960, e homenageia uma soberana da Espanha durante a Era Medieval.
Em 711, os mouros (árabes muçulmanos) ocuparam quase toda a região da Ibéria (como a Espanha era conhecida na Antiguidade) fazendo prevalecer sua religião. Porém, nos Séculos X e XI, surgiram pequenos reinos cristãos nas regiões que escaparam da dominação muçulmana, como Navarra, Leão, Castela e Aragão.
Estes reinos lutaram para acabar com a dominação dos mouros, que durou até 1492, quando Fernando de Aragão e Isabel de Castela (que haviam unificado os reinos de Castela e Aragão através do casamento) capturaram Granada, a última cidadela dos mouros. 
Nascida em Madrigal de Las Altas Torres, em 22 de abril de 1451, Isabel casou-se com seu primo Fernando II de Aragão (1452-1516) em 1469, e foi nomeada Rainha de Leão e Castela com a morte de seu irmão, o rei Henrique IV, em 1474.
Fernando e Isabel usaram da Inquisição para obrigar judeus e muçulmanos a se converterem ao catolicismo. O casal também foi responsável pelo financiamento das viagens de Cristóvão Colombo, que descobriu a América em 1492, iniciando o vasto império colonial espanhol no Novo Mundo.
Isabel de Castela, 'A Católica', morreu em Medina Del Campo, na Província de Valladolid, Espanha, a 26 de novembro de 1504, aos 53 anos.